informações da Polícia Civil

Suspeito de latrocínio de PM catarinense morre em troca de tiros em Natal

Caroline Plestch, 32, estava de férias e foi morta em assalto a pizzaria

Um dos suspeitos de matar a policial Caroline Pletsch, 32, foi morto em Natal, nesta segunda-feira (2), em uma troca de tiros com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). As informações são da Polícia Civil.

Caroline e o marido, o sargento Marcos Cruz, 43, foram baleados na noite da última segunda-feira (26) em uma pizzaria na zona norte de Natal. Após denúncias anônimas, os agentes se dirigiram ao conjunto Gramoré, no bairro de Lagoa Azul, na zona norte da cidade. Yuri Souza, 18, estaria escondido em uma residência na localidade. De acordo com a polícia, ele disparou contra os policiais e acabou morrendo em uma troca de tiros.

Caroline Pletsch, 32, e o marido, Marcos Cruz, 43

Foram presos dois outros suspeitos, os irmãos Hugo Silva, 20, e Ítalo Silva, que não teve a idade informada. Eles foram autuados pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. A polícia apreendeu duas armas e munição na casa onde moram.

RELEMBRE O CASO

Caroline e o marido foram atingidos por disparos em uma tentativa de assalto à pizzaria. Eles integram a corporação da Polícia Militar de Santa Catarina e passavam férias na cidade. Os dois foram socorridos, mas a policial não resistiu e morreu.

A Polícia Civil investiga o caso como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Segundo informações colhidas pela corporação, os disparos foram efetuados durante luta corporal.

Em nota, a Polícia Militar de Santa Catarina afirmou que os criminosos, ao perceberem a presença dos policiais, dispararam duas vezes contra cada um. “A Polícia Militar de Santa Catarina está de luto e lamenta o fato de pessoas serem vítimas de homicídio pelo simples fato de terem escolhido a polícia como profissão.”

O corpo de Caroline chegou na quinta-feira (29) a Chapecó (SC), onde foi velado. Nos últimos dias, foram diversas as reações nas redes sociais à morte da policial.

Grupos de direita, como o MBL (Movimento Brasil Livre), questionaram o porquê da morte da policial não ter sido, supostamente, tão lamentada quando o assassinato da vereadoraMarielle Franco (PSOL), no dia 14 de março, no Rio de Janeiro.

Marielle, 38, e seu motorista, Anderson Gomes, 39, foram mortos no centro do Rio, quando voltavam de um encontro com mulheres negras na Lapa. Criminosos alvejaram o veículo em que estavam e fugiram sem roubar nada. A principal linha de investigação, diferentemente do caso de Caroline, é de homicídio doloso (com intenção de matar) e premeditado. Ninguém foi preso até o momento, mas a polícia trabalha com a hipótese de que Marielle tenha sido assassinada devido à sua atuação na defesa dos direitos humanos na cidade.

Fonte: Folha de S. Paulo
Créditos: Folha de S. Paulo