Violência

POLÊMICA: Famoso padre pernambucano é acusado de orquestrar estupro contra fiel

O padre Airton Freire, conhecido pelos serviços religiosos prestados juntos à Fundação Terra em Pernambuco, está sendo denunciado por ter orquestrado e participado de um estupro contra uma fiel identificada por Sílvia Tavares de Souza.

Foto: Fundação Terra/Divulgação

O padre Airton Freire, conhecido pelos serviços religiosos prestados juntos à Fundação Terra em Pernambuco, está sendo denunciado por ter orquestrado e participado de um estupro contra uma fiel identificada por Sílvia Tavares de Souza.

Na denúncia, a fiel diz que o padre a obrigou a ter relações sexuais com seu motorista, identificado apenas como Jaílson, durante um retiro espiritual organizado pelo religioso. Silvia diz que foi chamada por ele para uma “casinha” onde ficava os aposentos do padre Airton. No local, ele perguntou se ela poderia fazer uma massagem nele.

“Comecei a dar uma massagem no pescoço, fui descendo, fui descendo… Ele ‘aperte mais minha costela’, quando eu cheguei perto do cóccix, ele disse, ‘aperte meu cóccix’. Quando eu toquei no cóccix dele, ele estava sem torga, sem calção, sem nada. Ele estava nu. Na hora que eu vi que ele estava nu, eu pulei”, afirmou.

Ao gritar, o motorista Jaílson apareceu com uma faca, que colocou no pescoço da mulher. “Ele disse, ‘quieta, ninguém vai morrer’. E alí, meu mundo acabou”, disse Silvia.

Assustada, a mulher contou que pedia ajuda ao padre. “Eu não conseguia falar, eu não conseguia me expressar direito e eu falava ‘padinho, o que é que tá acontecendo?'”, relembrou. Mas o padre Airton nada fazia.

“Ele chegou para mim e disse: ‘quieta, que ninguém vai morrer’. E nisso, eu estava mobilizada, porque ele me deu uma gravata e botou a faca, entendeu? Disse: ‘tire a roupa’. Eu tirei a roupa, ele pediu para o outro tirar a roupa. Ele pegou o lençol de seda e foi para uma cadeira, tipo essas cadeiras antigas, sentou nu, com o lençol aqui [cobrindo até o pescoço, segundo gesto feito pela mulher] e ficava ordenando tudo”, afirmou a mulher.

Em determinado momento, Airton teria ordenado que o motorista a estuprasse. “Eu comecei a gritar, ‘padrinho por favor pare com isso’. E ele disse, ‘não adianta gritar porque aqui ninguém escuta. Até porque aqui tem o canil, tem os cachorros, você vai morrer de gritar e ninguém vai escutar. se você ficar quietinha, minha princesa, nada vai acontecer'”, detalhou Silvia.

Após o caso ter vindo a público, o bispo de Pesqueira, Dom José Luiz Ferreira Salles proibiu, o padre Airton Freire de “presidir ou administrar qualquer Sacramento ou Sacramental”.

Por meio de uma nota da Fundação Terra, o padre Airton Freire lamentou as acusações feitas por Sílvia e disse estar se sentindo “injustiçado”, negando que isso tenha acontecido. No mesmo comunicado, ele ainda garantiu aos fiéis que os trabalhos de cunho social feitos pela instituição continuarão.

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investigam a acusação, mantida em sigilo pela Justiça.

Fonte: Terra
Créditos: Polêmica Paraíba