O Brasil desafia o poder financeiro mundial

João Manoel de Carvalho

Foi preciso que o presidente Luiz Ignácio Lula da Silva chegasse ao Poder, para que o Brasil revertesse a sua história de servilismo e de subserviência ao capital estrangeiro e decidisse caminhar com seus próprios pés fincados nos reais e efetivos interesses nacionais.
Antes de Lula, somente Getúlio Vargas teve o topete de enfrentar os mais poderosos interesses internacionais, ao comandar uma autêntica revolução anti-imperialista e só assim pôde levar o país à trilha do desenvolvimento industrial e tornar-se uma nação autônoma e altiva.
Mas Vargas pagou com a própria vida o preço de sua luta e do seu sonho de libertar o país das amarras e do julgo das grandes corporações mundiais, que travavam e inibiam os passos do país no caminho de sua independência econômica.
Após Vargas, as forças mais conservadoras e coloniais se articularam com o objetivo de manter o país atrelado a interesses externos e de mero fornecedor de matéria prima para as nações mais desenvolvidas e mais ricas.
Essa configuração culminou com a ascensão ao Poder do presidente Fernando Henrique Cardoso, que conseguiu iludir e enganar o povo brasileiro, com uma proposta falsamente social-democrata, que escondia a verdadeira face de sua obstinada determinação de transferir para o exterior as grandes decisões nacionais e, assim, manter o país subjugado e patrimônio público subtraído pelas grandes corporações econômicas e financeiras das grandes potências ocidentais.
Seguindo os passos da política externa renovadora do Governo do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff imprimiu ao seu Governo um perfil eminentemente de defesa do interesse nacional e de denúncia incondicional dos malefícios causados aos países emergentes e subdesenvolvidos do mundo pela ação perniciosa do capital financeiro internacional.
Após a sua ascensão à Presidência da República, Dilma conseguiu com muita coragem política e irrecusável altivez, enfrentar as grandes potências e responsabilizá-las pelas crises enfrentadas pelas nações mais pobres do mundo e advertir os países ricos sobre a verdadeira tensão dos efeitos maléficos causados ao resto do mundo e da gravidade das conseqüências de suas ações devastadoras.
O mais recente exemplo da ação corajosa e patriótica da presidente Dilma Rousseff pôde ser observada na viagem empreendida ao exterior, quando enfrentou líderes europeus, à frente a chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, a quem, frente à frente, responsabilizou os países ricos pelo derrame de trilhões de dólares nos países pobres com fins especulativos para sugar o lucro fácil dos juros e concorrer para o empobrecimento ainda maios desses povos.
Graças a ações desse tipo empreendidas pela presidente Dilma Rousseff no âmbito da nossa política exterior, o Brasil readquiriu o respeito da comunidade internacional e hoje se projeta como um país fadado a tornar-se digno da consideração e do apreço de todos os países do mundo.