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Melzinho do amor volta a viralizar, mas substância pode até lesionar órgão genital 

O "melzinho do amor" ficou conhecido como um estimulante sexual, mas é inimigo das autoridades de saúde pela falta de transparência sobre sua composição, que incluiria substâncias semelhantes às do Viagra.

imagem: reprodução/internet

Uma influenciadora virou alvo de críticas depois de gravar um vídeo em que supostamente “batizava” um refrigerante com o “melzinho do amor”. No vídeo, a jovem dá a entender que dividiria a bebida com os colegas de faculdade, sem falar nada sobre o produto colocado —depois, ela afirmou que tudo foi apenas uma brincadeira, com participação dos amigos.

O que é o ‘melzinho do amor’?

O “melzinho do amor” ficou conhecido como um estimulante sexual, mas é inimigo das autoridades de saúde pela falta de transparência sobre sua composição, que incluiria substâncias semelhantes às do Viagra.

Na embalagem, O “melzinho” é vendido como um produto 100% natural —com componentes como café, extrato de caviar, canela e “mel da montanha” (raiz de uma planta conhecida como “gingsen da Malásia”).

Mas análises da Unicamp já detectaram nele substâncias usadas em medicamentos para disfunção erétil, vendidos somente com prescrição médica.

Sem clareza sobre o que é usado no melzinho, a Anvisa já proibiu a comercialização do produto, que não tem registro do órgão. Ainda assim, os sachês são vendidos online e em ruas de comércio popular, sem muita dificuldade.

A Anvisa alerta sobre a suspeita de que os sachês tragam doses não confiáveis de sildenafila, substância vasodilatadora encontrada no Viagra. Nos homens, ela promove um efeito na ereção. Nas mulheres, causa a dilatação dos vasos sanguíneos do organismo como um todo, dando a sensação de calor.

A utilização sem prescrição da substância pode provocar o priapismo prolongado —uma ereção longa e dolorosa com risco de necrose do pênis— e lesão irreversível do membro. Para mulheres com problemas de saúde como cardiopatias, também há riscos.

A interação entre remédios para doenças cardíacas e a substância contra disfunção encontrada no produto pode ser fatal. Por isso, não utilize produtos sem regulamentação dos órgãos responsáveis.

Fonte: Uol
Créditos: UOL