O médico Jason Klop perdeu a licença profissional na última quarta-feira (1/11) após oferecer falsa cura para o autismo.
O canadense cobrava US$ 15 mil (cerca de R$ 73,5 mil) por transplantes fecais, que envolviam retirar bactérias das fezes de pacientes saudáveis e transferi-las para crianças autistas de apenas 2 anos.
O tratamento, realizado com comprimidos ou enema (lavagem intestinal), alegava Klop, levou a “melhoras sensíveis” nos sintomas do autismo. Ele era oferecido em clínicas no México, na Hungria, na Austrália e no Panamá.
Klop admitiu que seu negócio violou várias regras da Health Canada (agência governamental que regula medicamentos e alimentos no Canadá), bem como os padrões estabelecidos pelo College of Naturopathic Physicians (Conselho de Médicos Naturopatas) da Colúmbia Britânica. Ele terá que pagar uma multa de US$ 7.500 (R$ 36,7 mil).
Além de admitir promover e vender transplantes fecais que não são aprovados para o autismo, ele admitiu ter feito “declarações não verificáveis” na publicidade do tratamento.
Documentos judiciais revelam que o canadense “tratou” pelo menos 60 crianças com o método ilegal. Os transplantes fecais só são aprovados no Canadá e nos EUA para o tratamento de colite induzida por clostridioides, um tipo de infecção estomacal.
De acordo com o “Daily Mail”, Klop terá o direito de recuperar a sua licença médica em cinco anos.
Fonte: IG
Créditos: IG
Notícias Relacionadas
Entenda
MPPB instaura procedimento para apurar "erro médico” contra criança em CG
O caso está sendo acompanhado pela promotora de Justiça, Adriana Amorim de Lacerda, que atua na área de defesa dos direitos da saúde, naquele município.
Decisão
Justiça nega pedido de prisão domiciliar de ex-diretora do Hospital Padre Zé
O Tribunal de Justiça da Paraíba, através da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, indeferiu nesta quinta-feira (25) o pedido da defesa da ex-diretora do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas, da revogação da prisão preventiva para prisão domiciliar. A decisão foi assinada pelo juiz José Guedes, alegando que não há “motivo idôneo para o relaxamento […]
