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Ex-jogador e atual vereador pelo PL, é acusado de estupro, 'rachadinha' e abuso de poder

Whelliton Silva, ex-atacante do Santos e do Flamengo, e atual vereador (PL) de Praia Grande, litoral de São Paulo, é acusado de estupro, ‘rachadinha’ e abuso de poder. Depois que a denúncia se tornou pública, o político disse que é alvo de ‘armação política’.

Tudo começou quando a suposta vítima registrou um boletim de ocorrência contra Whelliton na Delegacia da Mulher de Praia Grande, no dia 14 de junho. A esposa do vereador, Janaina Ballaris, ex-parlamentar, também consta como parte envolvida.

O vereador é acusado de dar bebidas alcoólicas à jovem em uma festa e de a ter levado para o seu apartamento. A denunciante, que afirma ter transtorno de personalidade borderline – caracterizado por gerar instabilidade no humor, comportamentos impulsivos e relacionamentos instáveis -, ressalta que o legislador sabia que ela não poderia ingerir álcool por conta de medicamentos que ela tomava. O crime de estupro teria acontecido no apartamento de Whelliton, na noite em questão. As informações são do Terra.

A denúncia foi enviada à Câmara Municipal de Praia Grande, que deu início a uma Comissão Processante. O pedido de cassação do vereador Whelliton Silva está sendo analisado por um grupo formado pelos vereadores Cadu Barbosa (PTB), presidente da comissão, Hugulino Alves Ribeiro (PSDB), relator, e Romulo Brasil Rebouças (Pode), membro.

Essa comissão tem um prazo de 90 dias, contados a partir do dia 13 deste mês, quando o proceso foi instaurado, para dar um retorno sobre o pedido de cassação. Se não houver julgamento dentro desse prazo, o processo será arquivado.

Defesa de Whelliton

Em entrevista ao Terra, Armando de Mattos Júnior, advogado de defesa do vereador, nega todas as acusações. Ele explica que o inquérito que investiga as denúncias tramita em sigilo.

Em sua versão sobre o caso, representando o vereador, o advogado ressalta que a mulher reclamou do suposto estupro um tempo depois de ter ido ao apartamento da família de Whelliton. “Ela fez isso quando soube que não seria contratada como assessora, e isso desencadeou a vontade de prejudicá-lo”, afirma o advogado.

Armando também cita a festa descrita na denúncia. O advogado explica que o vereador e a denunciante saíram da festa porque “a menina teve problemas” e que ela estava passando mal. Querendo ajudar a moça, o vereador teria levado a jovem, junto com sua esposa Janaina Ballaris, que também estava na festa, para a casa de sua família.

“Era a casa deles, onde eles moram. Os filhos deles estavam lá, tem provas de que não houve nada. É uma declaração totalmente infundada, sem subsídio legal”, reafirma o advogado.

Sobre o suposto esquema de ‘rachadinha’, Armando também diz ser algo infundado. “Ela não chegou a ser contratada, como pode acusar o vereador disso se ela nem recebeu nenhum salário da Câmara Municipal?”, questiona.

Armando diz que é a primeira vez que o ex-atacante profissional é acusado por algo do tipo e ressalta que, por estratégia de defesa, Whelliton não dará declarações diretas à imprensa. “Aguardamos serenamente os 90 dias para ver o que vão resolver”, declara.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Terra