Estela sinaliza plano de mudar regimento da Assembleia para permitir 'eleição casada'

Deputada destaca que a Assembleia é autônoma e o "normativo jurídico" tem que se adequar

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A deputada estadual Estela Bezerra (PSB) defendeu, na tarde desta quinta-feira, 15, que a aliança entre PSB e PT seja mantida, mas discorda que seu partido ocupe cargos na gestão de Luciano Cartaxo (PT) em João Pessoa.

“Agora em 2014, o PT e p PSB construíram um pacto para eleger Ricardo e é normal que haja petistas no governo estadual, mas em 2012 cada partido tinha candidato próprio e agora já passou da metade de sua gestão e não acho que seja problema para o PSB ajudar na gestão sem participar ocupando cargos, acho que não deve ocupar cargos, é minha concepção”, declarou.

Em entrevista a Rádio Arapuan, ela disse que os partidos são aliados e afirmou que existe interdependência entre os governos estadual e municipal. Além dos dois partidos, ela emendou que o PMDB é um ente importante na parceria e continuou dizendo que não se pode governar sozinho e que cada legenda pode contribuir com a gestão do outro, independente de ter cargos ou não.

Indagada sobre a eleição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba, Estela disse que deve haver independência do Poder Legislativo, mas deve haver respeito e boa relação. Ela disse ainda que antes havia diferenças entre a Casa e o governo.

“Garantindo a autonomia, garantindo a independência se garante a harmonia e vários deputados têm sido convencidos com esta tese e veem que o povo reconduziu esse governo por mais quatro anos”, destacou.

Ela disse ainda que os parlamentares estaduais que querem o bem do povo “vão entender que a harmonia é muito mais importante do que uma oposição descabida”, pontuou.

Acerca da eleição, a deputada disse que existe um entendimento consensual e todos os parlamentares são responsáveis por seus votos e afirmou que a eleição não acontece de forma casada, “a primeira coisa é não achar que o que está regimento é justo, é preciso ter alternância de poder e nós precisamos de eleição, o normativo jurídico precisa se adequar as decisões do colegiado”, disse.

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