versão digital do Real

"Drex consolidará substituição da moeda física pela digital", prevê presidente do Cofeci

O Brasil está se preparando para iniciar as transações financeiras por meio do Drex, versão digital do Real. O Banco Central deve lançar esse novo mecanismo no final de 2024. A intenção é de reduzir custos e burocracia com o uso do papel-moeda - que não vai deixar de ser um meio de pagamento - integrando em um só ambiente de negócios virtuais ações, debêntures, títulos públicos e certificados de propriedade de imóveis e veículos, tudo com a segurança da tecnologia blockchain.

Foto: divulgação

O Brasil está se preparando para iniciar as transações financeiras por meio do Drex, versão digital do Real. O Banco Central deve lançar esse novo mecanismo no final de 2024. A intenção é de reduzir custos e burocracia com o uso do papel-moeda – que não vai deixar de ser um meio de pagamento – integrando em um só ambiente de negócios virtuais ações, debêntures, títulos públicos e certificados de propriedade de imóveis e veículos, tudo com a segurança da tecnologia blockchain.

Assim, o Brasil ingressa na lista dos países que já contam com sua própria moeda digital, as chamadas Central Bank Digital Currency (CBDC), em português, significa Moeda Digital Emitida pelo Banco Central. Onze países já têm sua própria CBDC, e outros 21 estão testando projetos-piloto de moeda virtual, entre eles o Brasil.

Para o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, João Teodoro da Silva, há uma tendência de substituição total da moeda física pela digital e exemplifica lembrando que atualmente, boa parte das pessoas, mesmo sem perceber, utilizam o telefone celular como se fosse uma carteira virtual de dinheiro. Outros, ao invés de papel-moeda, valem-se de cartões de crédito ou de débito.

E acrescenta que o projeto Drex não pretende acabar com o dinheiro de papel-moeda, da mesma forma que não pretende absorver ou acabar com o Pix.

Semelhanças e diferenças

“Embora haja similaridade entre eles, porque ambos permitem transações instantâneas, há grandes diferenças a serem consideradas. O Drex tem funcionalidades mais amplas. Além de representar o Real físico em ambiente digital, sua tecnologia permitirá o desenvolvimento de inovações ilimitadas no futuro”, esclarece.

João Teodoro destaca ainda que o sucesso do projeto Drex beneficiará diversos segmentos produtivos da economia brasileira, entre eles o mercado imobiliário e poderá fazer muita diferença, pois segundo o Bacen, o custo de transferência será bem menor. Esta poderá ser feita automaticamente por meio de contratos inteligentes. O pagamento só será transferido à conta do vendedor depois de concluído o processo legal de transferência do bem.

Mediação financeira, não imobiliária

“O mesmo processo valerá para qualquer bem titulado: carro, barco, avião. Qualquer operação poderá realizar-se sem intermediário. Opa! Ele se refere à mediação financeira, não à imobiliária. Um Drex valerá, invariavelmente, um Real!”, conclui.

Já em relação à semelhança funcional com criptomoedas, como o Bitcoin ou o Ethereum, o BC garante que a nova moeda não será um criptoativo. Enquanto aquelas são geridas de forma privada e descentralizada, esta será totalmente controlada e regulada pelo Bacen, emitida sob rígido controle, como o Real físico. Ao contrário das criptomoedas, que têm aceitação voluntária e funcionam como títulos de risco, o Drex terá circulação obrigatória em todo o território nacional. Todavia sua utilização poderá implicar custos para o usuário.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba