Repercussão

Delegada dá detalhes sobre caso de agressão de médico em João Pessoa e rebate nota da defesa: "Quer desconstituir a figura da vítima"

Foto: Gutemberg Cardoso/ Polêmica Paraíba

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta terça-feira (12), a delegada titular da Delegacia da Mulher, Paula Monalisa, deu detalhes sobre o caso de agressão do médico João Paulo Casado contra a ex-mulher, viralizado no último domingo (10).

Ela revelou que a vítima havia feito um primeiro registro das agressões, mas que nesse momento, preferiu não representar judicialmente o agressor. Somente em um segundo momento, já em agosto de 2023, foi feita a representação.

“Esse registro já tinha sido feito em uma outra ocasião. Na época, a vítima foi procurada pela polícia e ela não desejou fazer nenhum tipo de representação. É um direito que assiste a ela”, iniciou.

“Quando do registro da ocorrência [em agosto], a vítima compareceu à delegacia e nós fizemos o pedido de medida protetiva. No dia seguinte, ela voltou e entregou as mídias e o procedimento estava ocorrendo normalmente”, continuou.

A delegada disse que já houve o pedido de prisão contra o agressor e o mesmo foi protocolado junto à Justiça da Paraíba. Segundo ela o pedido segue os trâmites da Justiça e por isso ainda não foi expedido. Paula também contou que não existem outros boletins de ocorrência contra o médico agressor.

Perguntada sobre a nota da defesa do acusado, que disse estar sendo vítima de extorsão pela sua ex-esposa e que até agredido seu filho, a delegada falou que é uma prática comum de acusados quererem denegrir a figura da vítima de agressão.

“Normalmente o que o acusado quer? Quer desconstituir a figura da vítima, torná-la ainda mais vítima. Nada justifica a atitude dele”, falou. Ela questionou por qual motivo o médico não protocolou denúncias contra a mulher, já que alegou agressões e extorsões, por exemplo.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba