Investigação

Cartel formado por médico e advogadas teria movimentado R$ 7,4 milhões

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagraram, nesta quarta-feira (26), a operação Escoliose, de busca e apreensão, em três estados da região Nordeste, com o objetivo de apurar formação de cartel por organização criminosa que atua no setor de comércio de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) utilizados em cirurgias ortopédicas.

Segundo as investigações, duas advogadas e um médico ortopedista são suspeitos de participarem de esquema fraudulento, que teria movimentado mais de R$ 7,4 milhões. As investigações tiveram início em 2019.

Conforme os investigadores, as duas advogadas ingressaram com pelo menos 46 processos judiciais, entre ações com pedido liminar e mandados de segurança, totalizando os R$ 7,4 milhões, que foram pagos pelo estado do Rio Grande do Norte para custeio das cirurgias ortopédicas. Desses 46 processos, 42 foram vencidos pela clínica de propriedade do médico investigado.

Ainda segundo as investigações, existem indícios que, pelo menos, 21 sócios e funcionários das empresas fornecedoras de OPME obtiveram vantagem ilícita em prejuízo ao erário. Eles também teriam abusado do poder econômico, dominando o mercado e eliminando a concorrência.

A operação Escoliose cumpriu 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal (RN), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB).

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba