Combustíveis

Veneziano defende que realidade social do Brasil seja considerada na definição da política preços da Petrobras

Veneziano disse que atrelar, única e exclusivamente, os valores que são praticados e definidos pela Petrobras, aos valores do barril do petróleo, que tem a sua fixação no mercado externo, é algo “extremamente questionável”.

Foto: Veneziano Vital do Rego / PSB

O Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) questionou, em vídeo gravado direto de seu gabinete, em Brasília, e publicado nas redes sociais, a política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras desde o ano passado, quando eclodiu o movimento dos caminhoneiros que questionaram a altíssima elevação dos valores do diesel e demais combustíveis.

Veneziano disse que atrelar, única e exclusivamente, os valores que são praticados e definidos pela Petrobras, aos valores do barril do petróleo, que tem a sua fixação no mercado externo, é algo “extremamente questionável”. Como titular da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ) e da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), ele garantiu que vai propor um debate mais amplo e equilibrado sobre o tema.

“Se levarmos em consideração apenas a realidade Europeia, a realidade Norte Americana e a realidade de suas respectivas sociedades, como os seus povos se encontram em relação às suas situações sociais, trazendo-as para a nossa realidade nacional, a diferença é gritante”, argumentou o Senador paraibano.

Brasil: Parâmetro Principal – Veneziano observou que, nos últimos anos, acelerou-se o processo de empobrecimento da população brasileira, visto que hoje existem mais de 50 milhões de brasileiros classificados entre a pobreza e a extrema pobreza. “Preocupa termos como referência e parâmetros os valores fixados externamente. Nós não podemos virar as costas para uma situação social local. Afinal de contas, aquilo que hoje nós consumimos, tem embutido, em grande parte, o valor do combustível”.

O Senador lembrou que o Brasil, equivocadamente, concentrou a circulação de mercadorias e riquezas pelo transporte terrestre, deixando de lado o transporte marítimo e o transporte ferroviário. Ele advoga a tese de uma política que estabeleça preços, levando-se em conta a questão de mercado e parâmetro internacional, mas também considerando as questões sociais do Brasil.

“A Petrobras é uma empresa estatal de mercado aberto, essencialmente formada e mantida, nos últimos 70 anos, pela contribuição de todos nós, brasileiros. Ela precisa, acima de tudo, ter esse viés de preocupação com a situação social que nós atravessamos” afirmou o parlamentar.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Assessoria