Histórico

'Uma obra feita a muitas mãos': Marcondes Gadelha faz discurso emocionado e relembra 'luta sem fronteiras' pela Transposição; VEJA VÍDEO

Em visita às obras da Transposição do Rio São Francisco o ex-deputado Marcondes Gadelha (PSC) fez um discurso histórico acerca dos desafios e lutas que testemunhou enquanto defensor do projeto.

Em visita às obras da Transposição do Rio São Francisco, o ex-deputado Marcondes Gadelha (PSC) fez um discurso histórico acerca dos desafios e das lutas que testemunhou enquanto defensor do projeto. Ele foi um dos convidados da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), através da Frente Parlamentar da água, para uma visita técnica à Barragem de Morros, no município de São José de Piranhas, nesta sexta-feira (29).

Tendo sido um dos mais proeminentes defensores da Transposição, ele lembrou que o projeto foi concebido a partir de ‘muitas mãos’ e esforços, apesar dos entraves que surgiram ao longo dos anos. “Esta é uma realização a muitas mãos. Só chefes de estados foram seis envolvidos com esse projeto. Depois, centenas e centenas de técnicos, publicistas, acadêmicos e parlamentares por todo o país”, destacou.

Gadelha lembrou o esforço da ‘prata de casa’, representada pelo Padre Djaci Brasileiro, que assim como muitos sertanejos, fez apelos às autoridades nacionais por uma solução para a execução da obra.

“Lembro o Padre Djaci brasileiro fincando uma cruz de latas na Praça dos Três Poderes, simbolizando milhões de cristos chamados Zé, João e Antônio, que carregavam latas de água, como cruzes de um Cálvário cotidiano”, lembrou.

O ex-parlamentar também lembrou de amigos que lutaram contra a lentidão das obras, como a liderança ‘Pila’, de São Gonçalo, além de Adalberto Nogueira, que mesmo em uma cadeira de rodas, persistiu pelo sonho; assim como Chico Lopes, no “front parlamentar”,  em Brasília, quando presidiu o Grupo de Defesa da Transposição.

“A história dessa obra também é muito longa”, ressaltou. Ele citou o Imperador D. Pedro II, os Governos Epitácio Pessoa, Getúlio Vargas, Juscelino kubitschek, e destacou que a fase moderna da Transposição foi iniciada nos anos 80, quando o Engenheiro Mário Andreazza contratou o primeiro projeto da obra, com recursos do Banco Mundial.

Marcondes Gadelha destacou que, em 1993, em meio a uma terrível seca, era presidente do Instituto Trancedo Neves, quando resgatou o projeto e, em 1 de outubro daquele ano, realizou uma grande audiência pública para debater o tema, no município de Sousa, no sertão paraibano.

“Posso assegurar, com efetiva convicção, que a fase efetiva e moderna da Transposição, começa na Paraíba, começou na Paraíba naquele acontecimento histórico”, lembrou. O ex-parlamentar recordou ainda o primeiro embargo contra a obra, assinado por uma juíza no Governo Itamar Franco, o que segundo ele foi o estopim para ‘uma luta sem fronteiras’ pela Transposição.

O discurso de Marcondes foi aplaudido pelas autoridades presentes ao falar sobre as convicções em prol da transposição, inclusive quando ele mencionou o início da execução das obras, no Governo Lula, no ano de 2007. Dentre os deputados presentes, Jeová Campos, Wilson Santiago e Frei Anastácio.

“A cada ação agressiva, mais nós nos aferrávamos em nossas convicções, mas nós nos determinávamos que só iríamos parar a luta quando a esperança começasse a brilhar na ponta dos canais e pudesse ser colhida na concha da mão”, lembrou.

Trecho final

O trecho final do Eixo Norte da Transposição foi inaugurado na última semana, na Paraíba, pelo presidente Jair Bolsonaro. O canal tem oito quilômetros de extensão e o investimento federal na estrutura, que segundo o Governo vai beneficiar moradores da Paraíba e do Rio Grande do Norte, foi R$ 49,7 milhões. Trata-se de uma obra há muitos anos aguardada por moradores da região.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba