Lavagem de dinheiro

Terceiro Mandamento: Justiça mantém prisões preventivas de suspeitos de sonegação fiscal na Paraíba

A 12ª Vara da Justiça em Sousa manteve, após audiência de custódia nesta quarta-feira (13), as 12 prisões preventivas dos suspeitos envolvidos em sonegação fiscal no âmbito da Operação Terceiro Mandamento.

A 12ª Vara da Justiça em Sousa manteve, após audiência de custódia nesta quarta-feira (13), as 12 prisões preventivas dos suspeitos envolvidos em sonegação fiscal no âmbito da Operação Terceiro Mandamento. Os empresários, contadores, despachantes e assistentes administrativos, detidos durante a maior operação de combate à sonegação e fraude fiscal do Estado da Paraíba.

A operação ocorreu nos municípios de São Bento, Sousa e João Pessoa. Os envolvidos são investigados por delitos de formação de Organização Criminosa (Orcrim), sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, vão permanecer presos nas penitenciárias dos municípios de Patos, Sousa e em Catolé do Rocha.

A ação dos promotores de Justiça Renata Carvalho da Luz e Daniel Dal Pont Adriano, para manter as prisões preventivas, foi aceita pela juíza da 2ª Vara de Sousa. Durante a audiência de custódia, nenhuma ilegalidade foi apontada pelos investigados no momento do cumprimento dos mandados de prisão na Paraíba.

Na Operação Terceiro Mandamento, foram expedidos 14 mandados de prisão e outros 25 de busca e apreensão. Dois empresários do Mato Grosso do Sul e do Paraná continuam foragidos. A juíza da 2ª Vara Mista de Sousa também determinou, por ordem judicial, o sequestro de cerca de 30 carretas/cavalos, que estão circulando no País e dos imóveis dos acusados da Orcrim.

Núcleo de Combate à Sonegação Fiscal

A operação ‘Terceiro Mandamento’, que teve como alvo principal o município de São Bento, no Sertão da Paraíba, polo têxtil do Estado, onde ocorreram 10 prisões, e as outras duas prisões em João Pessoa e Sousa, foi uma atuação conjunta do Núcleo de Combate à Sonegação Fiscal do Estado da Paraíba. As instituições e órgãos que compõem o Núcleo são a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ-PB), através da Gerência de Combate à Fraude Fiscal; o Ministério Público do Estado, por meio da Promotoria de Justiça de Crimes Contra a Ordem Tributária, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária. A operação contou ainda com uma força tarefa formada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Cerca de R$ 230 milhões de prejuízo 

Após quase três anos de investigação dos órgãos de inteligência do Núcleo de Combate à Sonegação Fiscal do Estado da Paraíba, foi desarticulada a organização criminosa cuja atuação consistiu na constituição de 81 empresas de fachadas/fantasmas, que tinham a finalidade de viabilizar a circulação de mercadorias sem o recolhimento do ICMS devido ao Estado da Paraíba. O levantamento inicial mostra que houve faturamento de quase R$ 900 milhões em artigos de cama, mesa, como fios e mantas sem o devido recolhimento do ICMS, o que provocou um prejuízo de mais de R$ 230 milhões em tributos sonegado por essa organização criminosa.

Cerca de 250 agentes públicos, dentre auditores fiscais do Estado, policiais civis, militares e rodoviários federais, além de promotores de Justiça, delegados e servidores públicos dos órgãos e instituições participaram da Operação Terceiro Mandamento.

Fonte: Polêmica Paraíba com assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba com assessoria