Interior do Maranhão

REPERCUSSÃO NACIONAL: juíza se incomoda com 'barulho' de culto e manda polícia levar pastor para delegacia; VEJA VÍDEO

Auxiliar da Assembleia de Deus em Coroatá, cidade do interior do Maranhão, o pastor Natanael Diogo foi levado para a delegacia na noite de terça-feira (10) após uma juíza reclamar do som que era produzido pelo culto ao ar livre promovido pela igreja local. Além do líder religioso, uma mulher que participava do culto também foi levada pela polícia.

O pastor Natanael Diogo, auxiliar da Assembleia de Deus em Coroatá, no interior do Maranhão, foi levado para a delegacia na noite de terça-feira (10) após uma juíza reclamar do som que era produzido pelo culto ao ar livre promovido pela congregação local. O caso ganhou grande percussão nesta quarta-feira (11).

Autoridades de todo país, governamentais e eclesiásticas, interpretaram o acontecimento como abuso de autoridade. A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), por meio de nota, repudiou o acontecimento. Por meio do Twitter, o governador Flávio Dino criticou o que chamou de ‘intolerância religiosa’.

Conforme informações compartilhadas por líderes evangélicos locais, o fato ocorreu por volta das 19h, quando os membros se reuniam em um culto ao ar livre em um local próximo da casa da magistrada Anelise Nogueira Reginato, diretora do Fórum da Comarca de Coroatá, que teria se incomodado com o barulho do culto.

Além do líder religioso, uma mulher que participava da cerimônia religiosa também foi levada pela polícia.

De acordo com o pastor Diogo, a magistrada pediu que o volume do som fosse reduzido, mas ao achar que o volume do som ainda estava alto, mandou a polícia interromper o culto. “Eu saí, mandei o sonoplasta abaixar o som, quando de repente ela entendeu que nós abaixamos o som e voltamos a aumentar novamente. Imediatamente chegaram os policiais constrangidos”, disse ao portal ADNews.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também se posicionou sobre o caso e declarou que apresentará reclamação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar a conduta da magistrada. O pastor e a mulher foram liberados pela Polícia Civil 1 hora e meia depois de serem levados para a delegacia.  Além disso, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência, registro usado em situações de baixo potencial ofensivo.

Outro lado

A Assessoria de Comunicação da Corregedoria de Justiça do Maranhão disse, por meio de nota, após contato com a magistrada Anelise Reginato, que não houve determinação judicial de prisão de pastores evangélicos na cidade. “Segundo informações da juíza, a Polícia, ao ser acionada, em razão da intensidade do som utilizado em evento realizado no meio de uma via pública, lavrou Termo Circunstanciado de Ocorrência – TCO contra os organizadores do evento. Portanto, a magistrada não determinou prisão de qualquer pessoa em razão de TCO, lavrado pela autoridade policial com base no artigo 42 da Lei de Contravenções Penais (3.688/41)”, diz a nota.

A seguir, vídeo de manifestação realizada por evangélicos após a prisão do pastor.

https://www.youtube.com/watch?v=mZgJvMjby60

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba