Redes sociais e carência emocional são principais causas de suicídio entre jovens

Com a maior recorrência de casos de suicídio, o tema vem sendo debate mais abertamente, no entanto,é necessário mais debate com a sociedade, mais conscientização por parte dos profissionais da saúde e mais atenção por parte de todos.

Apesar de as redes sociais proporcionarem a aproximação de pessoas que estão distantes, elas também acabam por distanciar as pessoas que já são próximas. As pessoas são mais carentes de amor e atenção devido os compromissos do dia-a-dia, as responsabilidades. A pressão social para ter uma carreira de sucesso, família bem estruturada, corpo perfeito, tudo isso com o minimo de idade possível, acaba criando pessoas escravas do medo e da ansiedade.

A psicóloga Renata Toscano explica que as cobranças sociais e o distanciamento das pessoas acabam influenciando muitos jovens ao suicídio.

“Acredito que a principal causa [do suicídio] hoje seja o não saber lidar com a solidão/rejeição ou frieza das pessoas. Vivemos numa era onde a tecnologia (redes sociais) prevalece e por sua vez aproxima e também distância as pessoas, fazendo com que as relações sejam frias e cada vez mais impessoal. Não há mais olho no olho, toque, abraço e sensibilidade. As pessoas não se falam mais ouvindo o tom da voz, apenas se digitam. Logo acredito que nossa sociedade e nossos jovens não estão preparados para lidar com tais demandas, uma vez que não são amados nas suas famílias, os pais buscam ter e esquecem de ser pais, me parece que ninguém tem mais tempo de amar ninguém. Depois vem o depressão, te por que o que citei a cima pode levar a depressão, que pode se instalar na vida de uma pessoas por muitos motivos (questões sociais: separação de pais, desemprego, instabilidade financeira, falta de perspectiva de futuro; questões fisiológicas)”.

A psicóloga alerta para os sintomas para os sintomas da depressão que pode levar ao suicídio.

“O principal sintoma é o persistente sinal de tristeza e/ou perda de interesse de fazer as coisas que antes lhe dava prazer. Além desses, existem uma variedade de sintomas que podem ser físicos e comportamentais. A pessoa passa a ter alterações no sono, apetite, automutilação, isolamento social, nível de energia, concentração, desesperança ou autoestima”.

“A depressão também pode ser associada a pensamentos suicidas e isso é muito perigoso”, acrescenta.

A família também pode estar ajudado a pessao que desenvolve o quadro de depressão, “através de diálogo claro e aberto, fazendo-a enxergar que ela não está bem e que precisa procurar ajuda, um profissional capacitado é especializado para acompanha-lo”.

As pessoas diagnosticada com a depressão podem fazer tratamentos que vão desde o acompanhamento psicológico até a internação. Renata destaca a “psicoterapia, de preferência, de base cognitiva comportamental. Em alguns casos se faz necessário internação medicamentosa, logo precisa ser acompanhado por um psiquiatra”.

SUICÍDIOS NO BRASIL
Porcentagem de acordo com a faixa etária

Fonte: Polêmica Paraiba
Créditos: Érika Soares