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PITBULLS: Como a raça tornou-se sinônimo de violência e hoje corre risco de ser extinta no Brasil? VEJA VÍDEO

Pit Bull, uma raça que atualmente é vista como sinônimo de violência selvageria e perigo. Cães que sofrem com um estigma que foi sendo construído ao longo de décadas de criação irresponsável e uma cobertura um tanto quanto tendenciosa por parte da mídia.

Pit Bull, uma raça que atualmente é vista como sinônimo de violência selvageria e perigo. Cães que sofrem com um estigma que foi sendo construído ao longo de décadas de criação irresponsável e uma cobertura um tanto quanto tendenciosa por parte da mídia. Sempre exibidos em filmes, desenhos e até mesmo reportagens como cães agressivos, a raça tem sua origem ainda na Inglaterra em cães utilizados para cuidar do gado e proteger as famílias dos seus donos.

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Nos Estados Unidos, por volta de 1800, foi que estes cães passaram a serem utilizados para a finalidade pela qual ficaram mais famosos, as rinhas. Os cães nesta época eram postos para lutar em pequenos espaços denominados de “pits” e por serem cães que originalmente cuidavam do gado eram chamados de bulldogs, ao longo dos anos os pit bulldogs tornaram-se simplesmente pit bulls, nome pelo qual a raça se eternizou e ganhou fama.

Apesar da fama que conquistaram, os cães da raça Pit Bull tem como característica serem extremamente dóceis com humanos, mas mesmo especialistas na criação da raça alertam que são animais extremamente territorialistas. Pulso firme na criação é necessário para que o cão não passe a achar que pode se tornar o líder da matilha (família) a qual pertence e com isso passe a confrontar a autoridade dos donos. Mas apesar disso a docilidade com seres humanos é realmente a principal característica destes animais, que por volta de 1900 eram conhecidos como cães babás nas fazendas norte-americanas.

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No Brasil, a cobertura que é dada pela imprensa não é realmente uma aliada da raça, uma simples pesquisa em ferramentas de pesquisa como o Google mostrarão os animais majoritariamente sendo noticiados em casos de violência. E o que gera a confusão dentre todos os criadores da raça, sejam aqueles que criam profissionalmente ou aqueles que criam como animais de estimação é que eles defendem que a grande maioria dos casos que são noticiados como se tratando de Pit Bulls na realidade seriam cães de outras raças de grande porte, que apesar de possuírem características físicas parecidas com os Pit Bulls, possuem comportamentos totalmente diferentes destes cães.

No país projetos de Lei já foram criados, como um Projeto de Lei de 2012 de autoria do deputado federal Pastor Marcos Feliciano, propondo a esterilização completa de todos os cães desta raça no Brasil sejam eles machos ou fêmeas. Segundo o que propunha o projeto do deputado, o objetivo do seu PL seria a extinção da raça no Brasil.
Apesar da lei federal do deputado Marcos Feliciano não ter sido aprovada, em alguns estados a situação já é difícil para aqueles que desejam criar Pit Bulls. Em Santa Catarina, a Lei 14.204 de 2006 proíbe a criação, comercialização e a circulação de cães Pit Bulls ou raças resultantes de cruzamentos da mesma. A lei ainda torna obrigatória a realização da castração de todos os animais com mais de seis meses de idade. Outros estados como Goiás, possuem leis semelhantes que tornaram a castração de animais da raça obrigatória. No Rio de Janeiro, os cães são obrigados a transitarem sempre de focinheira, enquanto outros cães de grande porte não passam por obrigatoriedade semelhante.

Exatamente para ouvir o lado de quem cria cães desta raça, que a equipe do Portal Polêmica Paraíba conversou com o criador profissional Pedro Godoy que convive com cães desta raça desde a sua infância e possui um canil em que a paixão tornou-se profissão há mais de seis anos. Também ouvimos o youtuber e estudante de Medicina Veterinária, Luís Felipe, que há mais de seis anos cria e convive com Pit Bulls. Eles deram seus relatos sobre os animais e falaram sobre o preconceito vivido pela raça no Brasil. Assista as entrevistas abaixo:

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba