Movimento nacional

Paralisação de caminhoneiros na Paraíba seria 'inviável', avalia um dos líderes da categoria

O presidente do Sindicato dos Condutores e Empregados de Empresas de Transportes de Combustíveis e Produtos Perigosos Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (Sindconpetro-PB), Emerson Galdino, avaliou que seria ‘inviável’ a realização de paralisações de caminhoneiros na Paraíba nos próximos dias.

Ao Polêmica Paraíba, ele disse nesta quarta-feira (08) que não há uma coordenação para realização de atos no estado, como já vem ocorrendo em outras unidades da federação, além de que não há uma pauta clara para a realização dos atos, segundo ele.

“São paralizações de estados ricos no agronegócio, que envolve grandes frotas de caminhões, mas para caminhoneiros que têm apenas um caminhão, principalmente para o Nordeste, acho inviável. Essas paralizações não têm uma pauta, e acho que uma greve nesse nível teria que ter um alinhamento, o que não ocorreu”, disse.

Ainda segundo Galdino, “Uma greve dessa não pode acontecer do dia para a noite e acho difícil ela se alastrar para o Nordeste”, acrescentou. Galdino lembrou que os caminhoneiros têm “vendido o almoço para comprar a janta” e não cabe aos profissionais entrar na briga política na qual o país está envolvido.

Paralização

Caminhoneiros decidiram parar vários pontos de estradas em pelo menos três estados e no Distrito Federal, a maioria em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os bloqueios acontecem especialmente em Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo.

Além disso um grupo de cem caminhoeiros resolveu bloquear a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e tentam chegar a locais de acesso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso. O movimento ocorre um dia após os discursos do presidente Jair Bolsonaro em Brasília e São Paulo, que reuniu milhares de pessoas.

Boa parte das paralisações é organizada por grupos que apoiam o governo.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, 22 municípios de Santa Catarina enfrentam paralisações nas estradas em função da greve, entre eles Navegantes e Itajaí. No Paraná, os caminhoneiros fazem bloqueios em rodovias próximas a Maringá. No Espírito Santo, caminhoneiros se concentram nas imediações de cidades como Vila Velha e Ibatiba.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, que monitora greves nas estradas, o movimento é espontâneo. “Não há coordenação de qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e a composição das mobilizações é heterogênea, não se limitando a demandas ligadas à categoria”, informou a pasta em nota.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba