Entrevista

Paraibano nos EUA acredita em vitória de Trump: 'a política dele favorece a todos'

Os Estados Unidos realizam nesta, terça-feira (03), um dos processos eleitorais mais decisivos de sua história. Na eleição, que promete bater um recorde de comparecimento, os americanos vão decidir entre o atual presidente, Donald Trump e o seu adversário, Joe Biden.

Os Estados Unidos realizam nesta terça-feira (03), um dos processos eleitorais mais decisivos de sua história. Na eleição, que promete bater um recorde de comparecimento, os americanos vão decidir entre o atual presidente, Donald Trump e o seu adversário, Joe Biden.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, cerca de 100 milhões de cédulas foram para urnas antes desta terça-feira, através do voto pelos Correios. Apesar do número expressivo, os norte-americanos ainda enfrentam longas filas nos locais de votação hoje cedo.

Um dos votos mais decisivos para a reeleição ou não de Donald Trump, é o de latinos, inclusive de brasileiros que vivem legalmente nos Estados Unidos. A posição dos estrangeiros que não votam, também pode influenciar o pleito, segundo especialistas, já que são uma camada crescente da população americana.

Paraibano defende Trump

Morando em Miami há três anos, casado e residente permanente dos Estados Unidos, o engenheiro civil Bruno Braga – oriundo de João Pessoa, Capital da Paraíba -, sinaliza mais um mandato para o atual presidente. Ele conversou com exclusividade, hoje, com a reportagem da Arapuan FM e do Polêmica Paraíba e explicou seu posicionamento.

Apesar da crise enfrentada pelo país com a pandemia, ele elogia a retomada econômica sinalizada pelos atuais indicadores. “A reforma tributária que ele implementou, suas políticas de ampliação do mercado interno, aumentaram consideravelmente a empregabilidade, levando o país a quase o pleno emprego, o que favorece a todos”, justificou.

Atualmente, Bruno trabalha em uma empresa de exportação de produtos americanos, e defende a política econômica de Trump, que segundo ele trouxe benefícios para todos, inclusive para estrangeiros que vivem no país. “A alta empregabilidade para essa população nunca foi vista aqui”, avaliou.

Na avaliação do engenheiro civil, uma possível eleição do democrata Joe Biden, poderá gerar ‘ruídos’, mas não abalos na relação com o Brasil. “Os dois países têm relações históricas que estavam abafadas ou desalinhadas. A eleição de um ou de outro não interferirá significativamente. Em um primeiro momento, pode ser que haja ruídos, já que Trump e Bolsonaro possuem pautas comuns, por exemplo OCDE, segurança e acordos bilaterais.”, lembrou.

O paraibano também defendeu Trump das acusações de endurecimento na política migratória. “Ele não realizou grandes modificações, apenas conseguiu dar efetividade às leis herdadas pelo seu antecessor, Barack Obama”, ressaltou.

Amazônia

Para o jornalista e especialista em política internacional, Emilson Garcia, a principal preocupação do Brasil em uma possível vitória de Biden, é a recente declaração do democrata, de que pode “reunir o mundo” para ajudar na preservação da Amazônia.

“As eleições americanas têm impacto mundo afora e é o nosso segundo principal parceiro. Há uma expectativa de que, se Trump for reeleito, haja uma reciprocidade do governo americano em relação às concessões brasileiras. Se Biden for reeleito, será necessária uma política mais pragmática. Não haverá uma retaliação, mas evidentemente, ele já deixou claro que a questão da Amazônia vai ditar, dar o caminho dessa relação”, disse.

Expectativa para o resultado

Outro ponto a ser destacado, é que as políticas identitárias, morais e sociais também devem influenciar o voto de latinos. Para o paraibano Bruno Braga, esse é outro ponto positivo da gestão de Trump. “A percepção é que o presidente Trump tem conseguido dar ânimo a sua base e tentado convencer, sobretudo aos americanos democratas mais resistentes ao voto a uma ala do partido Democrata mais à esquerda, de que tem a pautas e políticas para devolver a proeminência política, social e econômica que vinha obtendo até o início deste ano antes da pandemia. Ainda não é possível determinar quem vence. (…) Concluo que as eleições estão abertas, não se pode cravar nenhum resultado. Na minha percepção da realidade, Trump deve ser reeleito”, pontuou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba