Investigação

OPERAÇÃO RESIDENCE: 'UFPB não é lugar para narcotráfico' e 'responsáveis serão penalizados', diz reitor

Ele destacou, no entanto, que a universidade não é local para 'narcotráfico' e que após a conclusão do inquérito policial os envolvidos deverão ser responsabilizados.

O reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) ainda não foi comunicado pela Polícia Federal (PF) sobre aos alvos da Operação Residence, que prendeu um suspeito de armazenar e distribuir drogas a partir da residência universitária da instituição. Ele destacou, no entanto, que a universidade não é local para ‘narcotráfico’ e que após a conclusão do inquérito policial os envolvidos deverão ser responsabilizados.

“Ainda não temos a informação da Polícia Federal acerca das pessoas envolvidas. Obviamente, a Polícia Federal tem a ação sigilosa, nós, em momento algum, soubemos que aconteceria e estamos aguardando. E, provavelmente o que o superintendente da Polícia Federal fará, quando concluir o inquérito, quando forem responsabilizadas as pessoas, nos comunicará a cerca dos responsáveis e tomaremos as medidas cabíveis de acordo com o regimento geral da universidade e com a legislação em vigor”, disse.

A UFPB tomará providências, segundo ele, pautada na legislação, e os responsáveis serão penalizados. “A Universidade Federal da Paraíba não é e não será local para narcotráfico. É um local para estudos, para pesquisa e desenvolvimento”, enfatizou.

A operação

A juíza Isa Mônia Vanessa de Freitas Paiva Maciel, da Vara de Entorpecentes de João Pessoa, que determinou a prisão preventiva de 38 pessoas ligadas ao tráfico de drogas, no bojo da Operação Residence, disse que as provas colhidas pela polícia durante as investigações apontam para uma diversidade de crimes cometidas por uma organização criminosa. A ação foi realizada pela Polícia Federal, com o apoio da Polícia Militar do Estado da Paraíba.

“No caso dos presentes autos, as provas colhidas à primeira hora e apresentadas pela Autoridade Policial revelam elementos a comprovar a existência de organização criminosa voltada não só ao tráfico de drogas, como também diversos outros delitos”, destaca um trecho da decisão.

A Operação Residence foi originada da análise dos elementos de prova colhidos durante a investigação do grupo criminoso, que utilizava um quarto na Residência Universitária da Universidade Federal da Paraíba como base de armazenamento e distribuição de drogas para a Paraíba e estados vizinhos. O nome da operação faz alusão ao local que era utilizado como base de armazenamento e distribuição de drogas.

Foram ainda cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e ordens judiciais de bloqueio de valores depositados em contas correntes. A ação contou com a participação de aproximadamente 200 policiais federais, nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, além de cerca de 60 policiais militares paraibanos.

O líder dessa célula do grupo criminoso, que utilizava a Residência Universitária da UFPB para ocultar suas atividades ilícitas, ocupava relevante função na hierarquia da organização na Paraíba, circunstância que possibilitou a identificação de toda a estrutura criminosa do grupo no Estado.

Segundo a Justiça, o trabalho investigativo permitiu descortinar uma grande rede formada para cometer crimes e revelou o plano de expansão de tal facção criminosa, mediante a realização de disputas violentas com grupo rival por pontos de comércio de entorpecentes, objetivando um domínio territorial para fins de monopolizar o tráfico de drogas na Paraíba.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba