Operação da PF prende 4 desembargadores do TRT-RJ; ao todo 11 pessoas foram presas

Quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ) foram presos na manhã desta terça-feira (2), pela Polícia Federal (PF), durante ações da Operação Mais Valia. Trata-se de um desdobramento da Operação Tris in Idem, que em agosto de 2020 afastou do cargo o então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

Nesta fase da investigação, Polícia Federal, Procuradoria Geral da República (PGR) e Ministério Público Federal no Rio (MPF-RJ) reuniram elementos de participação de escritórios de advocacia de parentes de magistrados do TRT-RJ, na concessão de decisões judiciais em favor de empresas de transporte e organizações sociais com dívidas trabalhistas. O MPF apura o pagamento de vantagens indevidas a magistrados, que teriam beneficiado integrantes do esquema criminoso supostamente instalado no governo Witzel.

A operação contou com a participação de mais de 100 Policiais Federais. Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 26 mandados de busca, todos no Rio de Janeiro. Os 11 mandados de prisão foram contra quatro juízes e sete supostos operadores.

Confira os nomes:

Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues, desembargador;

Fernando Antônio Zorzenon da Silva, desembargador;

José da Fonseca Martins Junior, desembargador;

Marcos Pinto da Cruz, desembargador;

Eduarda Pinto da Cruz, operadora;

Leila Maria Gregory Cavalcante de Albuquerque, operadora;

Manoel Messias Peixinho, operador;

Marcello Cavanellas Zorzenon da Silva, operador;

Pedro D’Alcântara Miranda Neto, operador;

Sônia Regina Dias Martins, operadora; e

Suzani Andrade Ferraro, operadora.

Os mandados foram expedidos pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi, a pedido da Vice-Presidência da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em nota, o TRT ressaltou “seu compromisso com a legalidade” e informou estar “à disposição das autoridades no que for necessário para auxiliar nas investigações que levem ao total esclarecimento dos fatos”.

Fonte: Polêmica Paraíba com G1 e PF
Créditos: Polêmica Paraíba com G1 e PF