Os três Ministérios Públicos (Federal, Estadual e do Trabalho) na Paraíba enviaram um ofício ao Ministério da Saúde, nesta sexta-feira (16), solicitando que seja considerada a possibilidade de que, nas próximas remessas de vacinas à Paraíba, seja priorizado o envio da vacina CoronaVac/Butantan.
A preocupação é com a regularização da situação das pessoas que tomaram a 1ª dose, mas ainda não receberam a segunda pela quantidade insuficiente do imunizante.
Em João Pessoa, onde a situação está mais complicada pelo volume da população, por exemplo, há 15 mil pessoas com mais de 75 anos que já poderiam tomar a vacina, mas o governo enviou para este fim de semana apenas pouco mais de 4 mil doses para a capital.
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O ofício enviado ao Departamento de Logística do Ministério da Saúde – assinado por membros dos três ramos do Ministério Público da Paraíba – tem como objetivo atingir uma completa imunização, sem que haja mais prejuízos para a população e desperdício das vacinas.
O Ministério Público concedeu um prazo de 72 horas para que o Departamento de Logística do Ministério da Saúde se manifeste sobre a demanda apresentada por meio de ofício.
Risco à vacinação
“Após permissão do Ministério da Saúde, foi efetivado o uso de vacinas reservadas para aplicação em segunda dose (D2), para que pessoas recebessem a primeira dose do imunizante CoronaVac”, afirma texto do ofício enviado ao chefe de Logística do Ministério da Saúde.
Para os MPs, tal cenário acarretou a falta de vacinas para aplicação naquelas pessoas que já deveriam estar recebendo a segunda dose da CoronaVac, o que implica diminuição da eficácia da imunização e o consequente atraso no controle da pandemia da Covid-19. Há limitação no número de doses que estão sendo enviadas aos Estados, o que, aliado ao cenário acima narrado, pode acarretar ainda mais atraso na imunização completa das pessoas que receberam a primeira dose da CoronaVac.
Fonte: Jornal da Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
