Em João Pessoa

Historiador Francisco Sales lança livro que conta o 'Morticínio eleitoral em Cajazeiras' - VEJA FOTOS

O historiador e presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (ACAL), Francisco Sales Cartaxo Rolim lançou, na noite dessa sexta-feira (5), na cidade de João Pessoa, seu novo livro “Morticínio eleitoral em Cajazeiras e outros escritos”. O lançamento ocorreu na Livraria do Luiz, em um shopping da Capital.

Estiveram presentes no lançamento ilustres figuras da literatura paraibana, a exemplo do presidente da Academia Paraibana de Letras, Ramalho Leite; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), Jean Patrício da Silva, cajazeirenses e jornalistas.

O livro

De acordo com o Francisco Sales, o livro se refere a um episódio sangrento ocorrido em Cajazeiras, em um dia de eleição, em 1872, em frente a igreja católica da cidade. Alguns anos depois que Cajazeiras se tornou município desmembrado de Sousa. No episódio, seis pessoas são mortas, inclusive o tenente João Antônio Cartaxo, que era um dos chefes do Partido Liberal (PL).

O livro está dividido em quatro partes, segundo o autor. Nos quinze artigos da Parte I – Formação histórica de Cajazeiras – encontram-se pistas fundamentais para a compreensão exata da profunda marca da educação nas origens da cidade. “Os textos iniciais podem servir para alargar os caminhos percorridos por notáveis estudiosos do nosso passado. Daí a ênfase na figura emblemática do padre Inácio de Sousa Rolim, protagonista da singularidade de Cajazeiras”, define.

A Parte II destaca sangrenta disputa político-partidária, ocorrida em 1872, em dia de eleição, conhecida como o morticínio eleitoral em Cajazeiras, que resultou na morte de seis pessoas, ferimento em outras tantas. E instalou medo e pavor no seio das famílias cajazeirenses. “E o mais importante. Produziu efeitos duradouros em nossa vida política, com forte projeção além do Império. Por não se conhecer esse episódio, com profundeza, criaram-se fantasiosas versões, que abrigam um emaranhado de dúvidas e equívocos, alguns cristalizados, propagados pela tradição, com enfeites imaginosos, transmitidos de geração em geração”, ressalta.

Nas Partes III e IV, o autor transporta o leitor para mais perto de nosso tempo, por meio de quatro ensaios. O primeiro deles – escrito com a pronta colaboração dos advogados José Moreira Lustosa e Saulo Péricles Brocos Matos -, tem o intuito de incentivar a feitura da história do Poder Judiciário local. Dois ensaios biográficos, escritos de forma nada ortodoxa, integram a Parte III do livro. Neles a preocupação explícita é dirigida mais ao contexto do que aos personagens, Cristiano Cartaxo Rolim e Sabino Rolim Guimarães, em períodos sucessivos da história, nos meados do século XX.

A Parte IV é um ensaio dedicado ao governo do cajazeirense Ivan Bichara Sobreira. “Entendo ser necessária uma releitura do seu período governamental em face de omissões, e, arriscaria dizer, até de enviesadas interpretações encontradas na historiografia paraibana”, comenta.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba