Precaução

Geraldo volta a defender uso de máscaras, diz que 700 mil paraibanos não tomaram a segunda dose e avalia possível chegada de Romero à gestão: "Seria bem-vindo"

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta quinta-feira (11), o secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, disse que ainda não é o momento de flexibilizar o uso de máscaras de proteção individual, alertou para a baixa adesão de paraibanos em campanhas de vacinação e falou que aproximadamente 700 mil pessoas que podem tomar a segunda dose contra a Covid-19 ainda não o fizeram no Estado.

Geraldo comentou a decisão do prefeito de Santa Terezinha, José Arimateia, em decretar o toque de recolher e a proibição de realização de shows e eventos esportivos na cidade após o município apresentar uma alta no número de casos confirmados da Covid-19. Para Geraldo, outras prefeituras, aquelas que apresentam uma taxa de transmissão (Rt) elevada, deveriam também adotar essas medidas.

“Nós temos vários municípios com o Rt elevado, com 1,70, até acima de 2. Isto é, 100 pessoas contaminadas nesses municípios contaminariam 170 ou 200 pessoas. É um número muito elevado. Visualizando esse número, é preciso adotar medidas restritivas”, falou Geraldo.

“São três elementos que você tem que avaliar quando adota uma flexibilização. O percentual de vacinação, o número de casos ativos, isto é, casos novos diários, e o Rt”, continuou.

Geraldo utilizou esses três fatores para justificar a não liberação do uso de máscaras de proteção individual. “Nós temos que ver o Rt naquele momento, e o número de casos novos diários, os que chamamos de casos ativos. Todos esses três elementos têm que ser analisados na hora que você adota um movimento de flexibilização”, explicou.

O secretário disse ainda que o ideal, para começar a pensar em flexibilização do uso de máscaras, seria ter 80% da população adulta com o esquema vacinal completo, mas sem desconsiderar os dois outros fatores. Atualmente, a Paraíba está em torno de 50%.

Ele acredita que as máscaras não deveriam ser abolidas antes do carnaval, e prevê que os estados de São Paulo e Rio de Janeiro “vão se arrepender” de terem flexibilizado o uso do equipamento antes das festividades carnavalescas.

Passaporte de vacinação

Geraldo Medeiros disse ainda que a regulamentação do passaporte de vacinação, que foi instituído em meados de outubro, está em fase de reuniões. O secretário revelou que o governador João Azevêdo (Cidadania) já esteve reunido com a secretaria para tratar sobre o tema, mas que o gestor deseja realizar outro encontro “para discutir minuciosamente os pontos”.

A expectativa do secretário é que a regulamentação seja publicada em breve, o que fará que os cidadãos, para entrar em bares, restaurantes, shows, entre outros, tenham o esquema vacinal contra a Covid-19 completo.

Campanhas de vacinação

Geraldo também alertou para a baixa adesão da população paraibana para outras campanhas de vacinação que não a da Covid-19, como por exemplo gripe e sarampo, entre outras.

“É um problema grave que vem se acentuando há quatro ou cinco anos. Há uma diminuição dos pais a vacinar seus filhos. O ideal seria uma proporção de 95% de vacinação, mas estamos com índices abaixo de 70%”, falou.

O secretário revelou ainda que na Paraíba, aproximadamente 700 mil pessoas que poderiam receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19 não se dirigiram a um posto de vacinação.

Política

Perguntado sobre uma possível aproximação do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD) com o governo João Azevêdo, Geraldo disse que o ex-gestor seria bem-vindo, ao dizer que articulações políticas acontecem para propiciar ao cidadão paraibano uma melhor qualidade de vida para todos.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba