Paraibanos se posicionam

Deputado critica "intocáveis" da reforma administrativa: 'Por que a elite ficou de fora?'; OUÇA

"Por que essa elite fica sempre de fora?", questionou em entrevista à reportagem.

A reforma administrativa enviada pelo Governo Federal ao Congresso deve receber o apoio da maioria dos parlamentares, mas não sem passar por discussão ampla e receber criticas, inclusive, de aliados. Contrário aos penduricalhos que encarecem a folha de pagamento de algumas categorias no país, o deputado federal Pedro Cunha (PSDB) criticou pontos da proposta, que segundo ele deixa de fora o topo do funcionalismo público, que ele chama de ‘intocáveis’.

“Por que essa elite fica sempre de fora?”, questionou o deputado em entrevista à reportagem. Segundo Pedro, o texto representa um avanço, mas deve ser aperfeiçoado. “Não precisamos entrar num espírito de aprovar tudo do jeito que veio. Por que nunca conseguimos mexer no deputado, no senador, no desembargador, no juiz, no procurador, no promotor? A gente não vai falar nesse espaço? São sempre os intocáveis?, questionou.

O deputado lembrou que há exemplos de autoridades que recebem R$ 100 mil por mês, acima do teto Constitucional, e que isso deveria ser mudado na reforma administrativa. “Isso não está errado? Sempre deixar para depois? Então, de cara, existe algo intransponível para mim, que é não mexer em quem está no topo, que são as maiores aberrações”, disse.

Outros pontos da proposta

O tucano ainda criticou o ponto da reforma que pode trazer um ambiente de “estresse”, que é a proposta que estabelece um prazo de dois anos para efetivar o servidor aprovado em concurso. Para o parlamentar, a saída é estimular o concurso público, estabelecendo “uma porta de saída adequada, um caminho real de avaliação de desempenho, para que você possa desligar o servidor público que não tem compromisso com o coletivo”, avaliou.

Oposição

Do outro lado do tabuleiro político, o deputado Gervásio Maia (PSB) já se posicionou contra a proposta, assim como a maioria dos partidos de esquerda. “A Reforma Administrativa de Bolsonaro acaba com a estabilidade dos servidores públicos e pode representar o fim de autarquias importantes, a exemplo do Ibama, Incra, ICMBio. O Governo, mais uma vez, elege o servidor público como inimigo do Estado”, escreveu nas redes sociais. Procurado pela reportagem, o parlamentar não detalhou, por exemplo, se pretende apoiar uma proposta alternativa ao texto enviado pelo governo.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba