opinião

Um nome sem polêmica: Itapuan Bôtto Targino - Por Mário Tourinho

No artigo anterior dissemos que “sobre os mestres Itapuan Bôtto Targino e Arlindo Almeida ainda há muito para mencionarmos” e que o faríamos brevemente. Este “brevemente” é agora, começando por  Itapuan e logo logo também sobre Arlindo, um outro nome “sem polêmica”.

No artigo anterior dissemos que “sobre os mestres Itapuan Bôtto Targino e Arlindo Almeida ainda há muito para mencionarmos” e que o faríamos brevemente. Este “brevemente” é agora, começando por  Itapuan e logo logo também sobre Arlindo, um outro nome “sem polêmica”.

Pois, bem! Conhecemos Itapuan lá em começo dos anos 60 (parece que entre 1963/1964), de nossa parte iniciando o curso técnico de construção de estradas da antiga ETFPB (Escola Técnica Federal  da Paraíba), que já foi CEFET e atualmente  é IFPB. Da parte dele, Itapuan, acabara de assumir as funções de diretor executivo do mesmo estabelecimento de ensino. Portanto, a relação inicial foi de aluno para com o professor/diretor, embora este professor/diretor fosse ainda bem jovem (uns 26 anos de idade) e que, como para parecer “mais velho”, não deixava de usar terno e gravata (especialmente o terno branco, que contrastava com seu “fusca vermelho”).

Em 1965, estudante do 3º ano do já referido curso de construção de estradas, igualmente exercemos a função de diretor cultural e logo em seguida de presidente do GTE (Grêmio Técnico Estudantil) da então ETFPB. Nossa dedicação foi tal – inclusive criando e apresentando um programa na Rádio Arapuan AM (dirigida por Otinaldo Lourenço) todos os sábados, das 17h às 17h30, titulado “O Ensino Industrial em Revista” – que não conseguimos  nota aprovativa para conclusão daquele curso, repetindo-o em 1966. (Este programa radiofônico – é preciso o registro – era por nós apresentado juntamente com o colega estudante Flamarion Rodrigues, também à época já muito conhecido como “cancioneiro/melhor intérprete de Malagena Salerosa”!).

Se em 1965 tivemos a reprovação no 3º ano do curso de estradas, recebemos a aprovação (“aprovação”, repetimos) do então diretor executivo da ETFPB, isto no finalzinho daquele ano e em vista do que realizáramos na promoção/divulgação dessa Escola perante nossa sociedade: – fez-nos o convite para que, mesmo como estudante repetente do 3º ano do curso de construção de estradas em 1966, igualmente assumíssemos a condição de “funcionário” nos horários fora dos das aulas (as aulas eram de manhã) e, já sem encargos no Grêmio Estudantil, exercêssemos funções de Relações Públicas, vinculado ao seu Gabinete. Claro que aceitamos tão honroso e importante convite e nossos horários de trabalho eram as tardes das segundas às sextas feiras, emendando com as noites até umas 21 horas… Aos sábados também trabalhávamos pela manhã… idem idem aos domingos, sendo que nestes dias, ou seja, aos domingos, pelo meio dia, nossas conversas terminavam em um almoço no restaurante de nome Capri, nas imediações do Parque Solon de Lucena, por óbvio “bancado” por Itapuan e do qual também estavam sempre presentes o então contador da ETFPB, João Barbosa, e o amigo de toda João Pessoa, “expert” em “relações públicas”, Francisco Saldanha (posteriormente vereador pessoense).

Dissemos que trabalhávamos nas noites das segundas às sextas feiras, nas manhãs dos sábados e manhãs dos domingos. Fique claro, bem claro,  que esse trabalho recebia a coordenação direta e pessoal (presencial mesma) do próprio diretor executivo, Itapuan Bôtto Targino. Nesse tempo, como diretor executivo, contava, como esfera superior, com um órgão colegiado denominado Conselho de Representantes, este, naquele nosso tempo (1965 a 1971), presidido em um período pelo renomado educador Augusto Simões e em outro período por igual renomado educador, Paulo Pires!

Há muito ainda pra referenciar e reverenciar Itapuan Bôtto Targino, hoje mais conhecido como “imortal” da Cadeira 36 da Academia Paraibana de Letras. No entanto, como somos do entendimento de que, principalmente em jornal e/ou portal, não são adequados longos artigos, vamos aqui encerrar esta parte e prometer uma outra para o próximo 10 de maio, data aniversária deste nosso mestre de sempre, mesmo porque quando com ele trabalhamos (1965/1971) tivemos a oportunidade de elaborar uma plaquete titulada “Maio, 10”, marcando não apenas a passagem de seu natalício, mas, também, a visita do representante do Ministério  da Educação à ETFPB presidindo a solenidade de lançamento da pedra fundamental do Ginásio de Esportes da Escola e inaugurando oficinas de “artes industriais”.

Quando nos encontramos com Itapuan, em nosso cumprimento para com ele, repetimos as mesmas palavras: – “Meu mestre de sempre!”.

Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba