Opinião

Romero Rodrigues e os Ribeiros já ensaiam união para enfrentar Bruno e Veneziano em 2024 - Por Gildo Araújo

Enquanto as discussões do momento na capital paraibana se concentram nas articulações para a eleição do primeiro e segundo biênio da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, na cidade de Campina Grande o que já se comenta são as futuras composições políticas, principalmente agora quando da adesão da Família Cunha Lima ao grupo do senador Veneziano (MDB), que desde do segundo turno das eleições passou a apoiar a candidatura de Pedro Cunha Lima (PSDB) para governador.

Foto: Internet

Enquanto as discussões do momento na capital paraibana se concentram nas articulações para a eleição do primeiro e segundo biênio da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, na cidade de Campina Grande o que já se comenta são as futuras composições políticas, principalmente agora quando da adesão da Família Cunha Lima ao grupo do senador Veneziano (MDB), que desde do segundo turno das eleições passou a apoiar a candidatura de Pedro Cunha Lima (PSDB) para governador.

É a partir desse contexto de união entre os antigos rivais que o tabuleiro da política campinense começa a se mexer, havendo reações de todo lado, onde algumas lideranças políticas locais não aceitam essa união e já começam a “pipocar” reações no tocante à sucessão do prefeito Bruno Cunha Lima. Aliás, essas manifestações de insatisfações vieram logo no início do segundo turno quando o deputado Moacir Rodrigues (PL), irmão de Romero Rodrigues, criou uma dissidência dentro de seu agrupamento político e passou a apoiar a reeleição do governador João Azevedo (PSB).

Outro ponto importante que merece destaque dentro desse mesmo raciocínio foi o anúncio, logo após os resultados das eleições dos deputados eleitos pelo PSC (Rui Carneiro e Romero Rodrigues), quando anunciaram suas saídas do partido onde foram recém-eleitos por causa da cláusula de barreiras. Rui Carneiro declarou que estaria voltando para a sua antiga legenda (PSDB), enquanto Romero Rodrigues não seguiu a mesma linha e preferiu aguardar mais um pouco para uma definição; foi quando especulou-se o convite da senadora Daniela Ribeiro em convidá-lo para voltar para o PSD, partido que era presidido por Romero antes de migrar para o PSC.

É evidente que esse possível convite formulado pela digníssima senadora tem toda uma estratégia montada visando as eleições de 2024 em Campina Grande, pois trata-se da maior liderança política da cidade hoje, onde só em Campina Grande, Romero Rodrigues alcançou uma marca histórica de votos com 69.292 votos, suplantando a votação de Veneziano para deputado federal em 2014 com 62.915 votos.

E para apimentar ainda mais todas essas discussões políticas da “Rainha da Borborema”, ainda veio o presidente da Câmara de Vereadores, Marinaldo Cardoso, em uma entrevista concedida na última terça-feira (15) ao Programa “Ideia Livre” da TV Itararé, onde disse que estaria pronto para ser o mediador de um diálogo conciliatório entre o prefeito Bruno Cunha Lima (PSDB) e Romero Rodrigues, sendo mais uma prova inconteste de que realmente existe uma rusga entre o grupo comandado pelo ex-prefeito campinense e o atual mandatário municipal.

É importante ressaltar que nessa mesma entrevista, Marinaldo Cardoso, falou que já está tudo acertado pelo ex-senador Cássio Cunha Lima em apoiar a reeleição de Veneziano para o senado em 2026, e que conta com o seu apoio pessoal.

Pelo “andar da carruagem”, observa-se que poderá haver uma ruptura política entre Romero Rodrigues e prefeito Bruno Cunha Lima mais adiante, que aliás, não vem fazendo uma boa administração, já que a população tem reclamado muito das ações públicas, principalmente nos setores essenciais do município, como saúde, educação e infraestrutura.

Diante de todos esses episódios é que já se especula uma chapa futura para a Prefeitura de Campina Grande, do lado situacionista Bruno Cunha Lima e Ana Cláudia Vital do Rêgo, e na oposição uma união do grupo capitaneado por Romero Rodrigues com os Ribeiros. A verdade é que mesmo tendo algumas arestas, o grupo Ribeiro tem uma simpatia muito grande pelo ex-prefeito campinense Romero Rodrigues dado o seu jeito humilde, agregador e conciliador, daí todo esse assédio pelo parlamentar.

O que podemos deixar registrado, a preço de hoje, é que se houver uma união entre os Ribeiros e os Romeristas com o grupo do governador João Azevedo (PSB), do deputado Dr. Damião (União Brasil), a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), Inácio Falcão PC do B), Adriano Galdino (Republicanos) e os vereadores do mesmo grupo, Bruno Cunha Lima, mesmo com o apoio do senador Veneziano, não terá vida fácil para sua reeleição.

Pela formatação, o grupo Ribeiro deseja fazer o sucessor de Campina Grande, de forma que haverá uma discussão para a futura composição de chapa para 2024, podendo ser a própria Daniella Ribeiro ou Romero Rodrigues. Ao nosso ver Romero, é uma aclamação do povo campinense, e evidenciará um fortalecimento na postulação de Aguinaldo Ribeiro para governador da Paraíba em 2026. Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraiba