As histórias da Paraíba e de Pernambuco estão bastante interligadas, refletindo uma conexão que se origina na proximidade geográfica e mergulha em raízes econômicas e culturais que remontam à era colonial do Brasil.
A ligação começou ainda com o sistema de capitanias hereditárias, fórmula adotada pela Coroa Portuguesa para administrar e colonizar o território brasileiro no século XVI. Culturalmente, ela manifestou-se através da partilha de tradições, expressões artísticas e práticas religiosas.
O modelo cultural barroco que vigorou em Pernambuco também encontrou ressonância na Paraíba, onde igrejas e edificações históricas refletem a influência desse estilo arquitetônico. A culinária, a música e o folclore desses estados também apresentam semelhanças que atestam uma marcante troca cultural ao longo dos séculos.
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O desejo de voar, alimentado pelo homem desde tempos imemoriais, começou a ganhar chance com a invenção dos balões, a partir do Século XVIII, baseados nos estudos de Robert Boyle, um irlandês do Século XVII, que criou uma lei sobre o funcionamento dos gases.
Já mais próximo da nossa época, a partir do Século XIX até a metade do século XX, uma instituição pernambucana, a Faculdade de Direito do Recife, desempenhou papel central na formação intelectual e política da Paraíba (por sinal, do Nordeste inteiro), funcionando como verdadeiro celeiro de líderes, pensadores, jornalistas, poetas, literatos e reformadores que deixaram marcas profundas na vida social, política e cultural da Paraíba.
Dezenas de figuras ilustres da vida paraibana cursaram Direito na vetusta instituição pernambucana, a exemplo de Augusto dos Anjos, José Lins do Rego, Djaci Falcão, José Pereira Lima, José Rafael de Menezes, Ivandro Cunha Lima, Assis Chateaubriand, Alcides Carneiro, Órris Soares, Arthur Aquiles, Epitácio Pessoa, Maciel Pinheiro, Ariano Suassuna, Vital do Rego, José Joffily, João Alcides Bezerra Cavalcanti, além de quase todos os governadores paraibanos pós-República, como são os casos de Venâncio Neiva, Antônio Alfredo da Gama e Melo, José Peregrino de Araújo, João Pereira de Castro Pinto, Solon de Lucena, João Suassuna, João Pessoa, José Américo de Almeida, Gratuliano da Costa Brito, Argemiro de Figueiredo, Ruy Carneiro, Samuel Duarte, Odon Bezerra Cavalcanti, Osvaldo Trigueiro, João Fernandes de Lima, Pedro Gondim, João Agripino, Ernani Sátyro, Ivan Bichara e Rivando Cavalcanti.
A Faculdade de Direito do Recife foi estabelecida em 11 de agosto de 1827, por meio de decreto do Império. Originalmente situada no Mosteiro de São Bento, em Olinda, a instituição mudou-se em 1911 para um edifício de estilo eclético no centro do Recife, local em que ainda hoje está abrigada.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba
