vale tudo por dinheiro?

Assisti ‘Parasita’ e vi o Brasil nas entrelinhas – Por Ívyna Souto

Até que ponto você iria para melhorar de vida? Qual o limite para conseguir mais dinheiro?

Mesmo em cartaz há semanas, só ontem assisti ‘Parasita’, do diretor Bong Joon-ho, que foi indicado ao Oscar em seis categorias. Em cartaz no Cine Bangüê, na Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego, o filme é super procurado e é preciso chegar cedo para conseguir entrar na sessão.

Confesso que em minha análise de filmes eu falo apenas sobre como me senti ao assistir e com ‘Parasita’ me senti incomodada, sim, desde o início vi pessoas que são acomodadas e dependentes de outras pessoas que se aproveitam de terceiros para conseguirem o que desejam. Há também personagens achando que dinheiro paga tudo. Há personagens que são sempre gentis, mesmo que estejam insatisfeitas e, em vez de questionar quem lhe incomoda, age como se tudo estivesse normal e arranja desculpas para dispensar quem não se encaixa mais em seu padrão de perfeição.

Um amigo havia comentado comigo que não dá para saber quem é, realmente, o parasita da história e eu concordo. Chega um momento que o parasita não é mais o inseto que aparece em lugares sujos, as vezes pode ser gente bem vestida e dono de casas luxuosas ou aqueles que se aproximam de pessoas ricas para tirar proveito delas.

Mas tem um ponto que preciso destacar, a forma como tratamos as pessoas na sua ausência, deve ser a mesma forma como tratamos na presença, porque comentários maldosos soam como traição e pode ser o gatilho para coisas bem complicadas.

Por fim, recomendo que assistam e tirem suas conclusões.

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Créditos: Ívyna Souto