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A ESPERANÇA NÃO PODE MORRER - Por Rui Leitão

As vezes somos dominados por uma sensação de desamparo, na incerteza de como será o amanhã, quando não conseguimos enxergar sinais positivos no que está para acontecer. O horizonte se apresenta sombrio, causando um desconforto que se transforma em medo do porvir.

Embora assustados, não podemos deixar que morra a esperança. Ela não pode ser vencida pelo desânimo. Se o rugir da tempestade que ameaça chegar, aparenta vir de forma arrasadora, só nos cabe dar as mãos uns aos outros num esforço de solidariedade que nos dê força para enfrenta-la. Afinal de contas, não faz muito tempo fomos violentados por uma tormenta que causou muitos estragos, e fomos suficientemente fortes para superá-la. Deus nos coloca, de vez em quando, diante de grandes embaraços para que aprendamos a ser valentes e destemidos.

Um temporal, mesmo atroante, não consegue apagar por muito tempo o brilho do sol. Um dia ele voltará a iluminar nossos caminhos de paz. Ainda que a ordem estabelecida seja perturbada circunstancialmente, desferindo golpes de consequências imprevisíveis, não podemos perder a esperança de que tudo volte à normalidade mais na frente. Porém, junto à esperança deve estar a intrepidez, a coragem de se manter seguro, trabalhando no sentido de que estejamos protegidos enquanto o vendaval faz valer seu efeito devastador.

A resistência, não só tem o objetivo de minimizar as dores da desestrutura emocional a que poderemos estar expostos, como também nos preparará para o serviço da reconstrução do que for destruído, não dando espaços para que o medo faça desaparecer a esperança. Não sejamos vítimas do desalento. Pelo contrário, sejamos ativos pela esperança. Como diria Aristóteles: “a esperança é o sonho do homem acordado”. “A certeza na frente, a história na mão”, como cantou Geraldo Vandré

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão