Operação

Filho de vereador é preso por sequestro e tortura de caminhoneiros

Um dos 17 presos da Operação Carga Pesada, contra sequestradores de caminhoneiros, é filho de um vereador de Maricá, na Região dos Lagos fluminense. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirma que Lucas da Costa, o Esquerdinha, filho de Frank Costa (Avante), torturava os motoristas no cativeiro.

 

Um dos 17 presos da Operação Carga Pesada, contra sequestradores de caminhoneiros, é filho de um vereador de Maricá, na Região dos Lagos fluminense. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirma que Lucas da Costa, o Esquerdinha, filho de Frank Costa (Avante), torturava os motoristas no cativeiro.

“Ele atua principalmente na vigilância das vítimas”, disse o promotor Sergio Luis Pereira.

“Inclusive foi apontado pelas vítimas como o elemento que mais os torturou, que mais os ameaçou com coronhadas ou simulando roletas-russas. Realmente aterrorizou essas vítimas”, detalhou.

O MPRJ e a Polícia Civil do RJ cumpriram nesta terça-feira (22) 10 dos 12 mandados de prisão expedidos e detiveram outras sete pessoas em flagrante. Um menor foi apreendido. Cinco dos procurados já estavam encarcerados.

A base do grupo criminoso é a comunidade do Mutirão, no bairro de São José do Imbassaí, em Maricá, sob o jugo do Comando Vermelho.

Segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e da 82ª DP (Maricá), o bando atraía motoristas para a localidade com falsas ofertas de contratação de frete. O MPRJ afirma que os profissionais que caíam no golpe eram rendidos tão logo chegavam e ficavam reféns por até cinco dias.

“Após os roubos, motoristas contratados pela facção tomavam a direção dos caminhões e se dirigiam até Mato Grosso do Sul, para carregá-los com grande quantidade de entorpecentes e abastecer comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, a partir do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo”, detalhou o MPRJ.

Ainda de acordo com o Gaeco, “as vítimas ficavam subjugadas por dias, privadas de água e alimentos, sendo obrigadas a atender telefonemas para evitar que os caminhões fossem apreendidos em rodovias”.

Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba