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FEMINICÍDIO: Ministério Público de PE denuncia ex-funcionário do TJPB por morte de namorada em Recife; confira

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou por feminicídio João Raimundo Vieira da Silva de Araújo, namorado da administradora Renata Alves Costa, morta com um tiro dentro do apartamento em que morava, na Zona Norte do Recife. O crime ocorreu no dia 6 de agosto e, nesta sexta-feira (26), o processo foi remetido à Justiça.

Renata Alves tinha 35 anos. O corpo dela foi descoberto no dia 7 de agosto, após uma ligação anônima à polícia. O síndico do prédio contou que subiu até o 16º andar, onde Renata morava. O cachorro latia muito e, ao ligar para o telefone da vítima, escutaram o toque do outro lado da porta.
Na quinta-feira (25), a Polícia Civil informou que concluiu o inquérito do caso e encaminhou ao MPPE. Durante as investigações, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) identificou que o crime resultou de um contexto de violência física, doméstica e psicológica.
De acordo com o delegado Roberto Lobo, responsável pelo caso, João Raimundo mentia para Renata desde o início do relacionamento e, quando ela descobria as mentiras, fazia chantagem emocional. Os dois tinham relacionamento há aproximadamente oito meses e moravam juntos desde o dia 28 de março.

João Raimundo já tinha sido preso anteriormente por agredir a ex-esposa e balear dois funcionários de um hotel em Boa Viagem, na Zona Sul, em 2019. Por isso, ele cumpria prisão domiciliar (veja vídeo abaixo).
Segundo Roberto Lobo, o indiciado escondeu de Renata que usava tornozeleira eletrônica e afirmou que era médico. Com o tempo, ela foi descobrindo as mentiras.

João Raimundo, que foi filmado no elevador com a vítima antes do crime, também andava sempre armado dentro de casa, segundo Lobo (veja vídeo abaixo). Foram apreendidas quase 200 munições no apartamento da vítima, onde os dois moravam juntos.
No dia 9 de agosto ele foi preso como suspeito do assassinato da administradora no Aeroporto de Natal, no Rio Grande do Norte.

No interrogatório feito após a prisão alegou tiro acidental, versão que foi descartada no inquérito policial após o resultado do laudo tanatoscópico realizado no Instituto de Medicina Legal (IML) e das perícias criminais realizadas pela Polícia Científica. Isso porque o tiro foi a uma curta distância.

Os advogados Ana Paula Arruda, Maria Carvalho e Ulisses Dornelas, responsáveis pela defesa de João Raimundo Vieira da Silva de Araújo, informam, por nota, que estão “analisando o inquérito e que vão se manifestar em breve sobre a versão do acusado”.

Fonte: Polêmica Paraíba com G1
Créditos: Polêmica paraíba