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Barbárie de Queimadas: mentor preso pode aceitar acordo de delação com MPRJ

Barbárie de Queimadas: mentor preso pode aceitar acordo de delação com MPRJ

Eduardo do Santos Pereira, mentor da “Barbárie de Queimadas”, foi preso no último dia 19 de março, no Rio de Janeiro, após passar mais de três anos foragido, e poderá aceitar delação premiada e ganhar privilégios, como a diminuição da pena

De acordo com informações do portal Paraíba Feminina, há uma movimentação para a formalização de uma colaboração com o Ministério Público do Rio de Janeiro, no sentido de que ele esclareça os detalhes da sua fuga do presídio PB1, em João Pessoa, e em troca, teria como benefícios cumprir a pena no Rio de Janeiro e ter sua pena diminuída

Eduardo teria detalhado como conseguiu fugir de um presídio de segurança máxima na Paraíba, onde cumpria pena pelos assassinatos de Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, cinco estupros coletivos, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma.

Eduardo foi sentenciado a 108 anos e dois meses de prisão. Ele foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além de cinco estupros.

Por esses crimes, recebeu uma pena de 106 anos e 4 meses de reclusão. Adicionalmente, foi condenado a 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal contra um dos adolescentes envolvidos no crime.

O fugitivo escapou da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, em João Pessoa, conhecida como PB1, em 17 de novembro de 2020.

Eduardo trabalhava na cozinha e aproveitou o momento em que um policial penal esqueceu um molho de chaves no local para pegá-las, abrir o almoxarifado e sair pela porta lateral do presídio.

Durante a fuga, quatro policiais penais vigiavam o setor e foram conduzidos à Central de Polícia para prestar depoimento. Um deles foi autuado por facilitação culposa e posteriormente liberado.

Conforme Tércio Chaves, o policial penal que esqueceu as chaves foi indiciado. No entanto, até o momento, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) não apresentou denúncia contra ele.