Guerra

Macron sobe o tom contra Putin e insinua envio de tropas francesas para a Ucrânia

Presidente francês afirma que uma vitória dos russos na guerra colocaria a Europa em risco.

Legenda: Emmanuel Macron durante entrevista às TVs França 1 e França 2 ― Foto: Reprodução/YouTube
Legenda: Emmanuel Macron durante entrevista às TVs França 1 e França 2 ― Foto: Reprodução/YouTube

O presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a falar sobre o envio de tropas francesas para combater a Rússia. Em entrevista às TVs França 1 e 2, nessa quinta-feira (14), o líder francês novamente criticou Vladimir Putin e disse que uma vitória dos russos na guerra colocaria a Europa em risco.

“Se a Rússia vencer essa guerra, a credibilidade da Europa será reduzida a zero”, disse Macron. Ao ser questionado sobre tropas, o presidente da França não descartou entrar de vez na guerra. “Nós negociamos o quanto pudemos, mas não há nada para falar com ele [Putin]. A Ucrânia precisa vencer, não pode haver linhas vermelhas. Eu sou o presidente da França e eu decido”, disparou Macron.

Após os jornalistas insistirem na questão da França enviar soldados, Macron reiterou que “não exclui a possibilidade” de enviar o exército. “Não tenho motivos para ser preciso. Mas se nós decidirmos ser fracos, seria escolher a derrota. Eu não quero isso, nossa segurança está em jogo na Ucrânia”, declarou.

Na última semana de fevereiro, Macron já havia comentado sobre a possibilidade de enviar tropas. Na ocasião, o governo de Vladimir Putin repudiou as falas e afirmou que, caso a França envie soldados, poderia usar armas nucleares.

Os outros membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) , por enquanto, não engrossaram o coro do presidente da França. A maioria dos países, como Estados Unidos e Reino Unido, estão apenas auxiliando a Ucrânia com o envio de armamentos.

Confira, abaixo, as principais falas de Macron durante a entrevista

“Se deixarmos a Ucrânia sozinha, se deixarmos a Ucrânia perder esta guerra, então certamente a Rússia ameaçará a Moldávia, a Romênia, a Polônia.”

“Há dois anos, dissemos que nunca enviaríamos tanques. Nós enviamos. Há dois anos, dissemos que nunca enviaríamos mísseis de médio alcance. Nós enviamos.”

“Se a guerra se espalhar pela Europa, a culpa será da Rússia. Mas se decidíssemos ser fracos, se decidíssemos hoje que não iríamos responder, já estaríamos escolhendo a derrota. E eu não quero isso. A nossa segurança está em jogo na Ucrânia.”

“Se a Rússia vencer esta guerra, a credibilidade da Europa será reduzida a zero.”

“Quem pode imaginar que a Rússia, que nunca respeitou um acordo nos últimos anos, irá parar na Ucrânia se vencer ali? Se a Rússia vencer, não haverá paz na Europa!”

“Por que ajudar a Ucrânia? (…) Cuidar da segurança da Ucrânia significa cuidar da nossa segurança porque a Rússia se tornou uma potência que quer se expandir e é certo que ela não vai parar por aí.”

“A segurança da Europa e do povo francês está sendo decidida na Ucrânia.”

“O regime do Kremlin é um adversário.”