Antiocidentais

Extremismo religioso, mulheres sem direitos e população desarmada: o que defende o Talibã, que voltou ao poder no Afeganistão

O mundo assiste com perplexidade e volta por cima do grupo terrorista Talibã, que retomou o controle do Afeganistão ao invadir neste domingo (15) a capital do país, Cabul, quase 20 anos depois que seu regime foi derrubado pelas forças militares dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

O mundo assiste com perplexidade e volta por cima do grupo terrorista Talibã, que retomou o controle do Afeganistão ao invadir neste domingo (15) a capital do país, Cabul, quase 20 anos depois que seu regime foi derrubado pelas forças militares dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

O Talibã é um grupo fundamentalista, político e religioso islâmico que governou o Afeganistão entre anos de 1996 e 2001, perdendo o poder após a invasão dos EUA ao país. Trata-se de radicais com visão antiocidental, que surgiu em 1994, em uma época de guerra civil no Afeganistão, após a invasão soviética nos anos 1980 e a queda do presidente Mohammed Najibullah em 1992.

O local de nascimento do Talibã é Kandahar, a segunda maior cidade do Afeganistão, tomada pelo grupo no fim de 1994. Naquela época, o país estava virtualmente desintegrado, dividido em feudos de senhores de guerra. A violência e o crime eram endêmicos. Neste contexto, muitos afegãos apoiaram o Talibã com a expectativa de que, sob seu comando, teriam relativa paz e estabilidade. Em 1996, o grupo fundamentalista conquistou Cabul, declarando o Afeganistão um emirado islâmico.

PRÁTICAS RADICAIS

Ao avançar, os talibãs desarmaram a população, assassinaram rivais e “infiéis” e passaram a implementar sua visão da Sharia, horrorizando afegãos, governos da região e o Ocidente. Sob seu domínio, mulheres raramente podiam sair de casa, mesmo para fazer compras, e quando o faziam, tinham que estar cobertas dos pés à cabeça com as longas burcas; escolas para meninas foram fechadas; qualquer via de entretenimento, como música, jogos, esportes e cinema, foi proibida.

De acordo com Rashid, em seu livro Taliban, o grupo se via como os purificadores de um sistema social que deu errado e de um estilo de vida islâmico que foi comprometido pela corrupção e pelo excesso.

Nos cinco anos em que governou o Afeganistão, o Talibã permitiu que grupos terroristas usassem o país para planejar ataques em solo estrangeiro. Um desses grupos foi a al-Qaeda de Osama bin Laden, que planejou e conduziu vários atentados contra os Estados Unidos, sendo o pior deles o ataque de 11 de Setembro ao World Trade Center e ao Pentágono.

Com a invasão do Afeganistão em outubro de 2001, as tropas americanas derrubaram o regime do Talibã. Mas, como a história posteriormente documentou, este não foi o fim do grupo que agora, vinte anos depois de sua derrota, voltou a controlar o país.

Leia na íntegra aqui.

Fonte: com Gazeta do Povo
Créditos: com Gazeta do Povo