Segurança nos estádios

Paraíba se inspira em biometria do Paraná e em reconhecimento facial do Rio para aumentar segurança nos estádios

O procurador admite que a violência nos estádios e seus arredores tem preocupado os órgãos de segurança. Para ele, o Ministério Público é o destinatário da defesa do torcedor consumidor

A segurança nos estádios de futebol segue sendo rotina nas pautas do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Na semana passada, o coordenador da Comissão Nacional de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios, o procurador Valberto Lira, esteve em Belo Horizonte, participando do 19º Encontro sobre Consumo e Regulação, com o tema “Estatuto do Torcedor e os Direitos do Consumidor”. Na ocasião, Valberto teve acesso a dois projetos importantes nessa temática: um sistema de biometria digital no Paraná e um de reconhecimento facial no Rio de Janeiro.

O procurador admite que a violência nos estádios e seus arredores tem preocupado os órgãos de segurança. Para ele, o Ministério Público é o destinatário da defesa do torcedor consumidor.

– Estamos buscando o conhecimento das boas práticas. Estamos conhecendo várias experiências – explicou Valberto Lira após o encontro na capital mineira.

O procurador, que também é coordenador do Núcleo de Políticas Públicas do MPPB, se referiu ao sistema de identificação biométrica, que está em andamento no Paraná, e ao de reconhecimento facial, que está em formatação no Rio de Janeiro.

Valberto já havia manifestado o interesse em implantar na Paraíba o sistema de identificação biométrica para que os torcedores possam ter acesso aos estádios. À época, ele admitiu que se trata de um sonho distante, mas possível. O dirigente citou especificamente a Arena da Baixada, em Curitiba, como modelo a ser seguido por clubes e federações Brasil afora.

– Nós já estamos fazendo um acompanhamento há algum tempo. Temos o modelo do Clube Atlético Paranaense como o grande exemplo. Na Arena da Baixada, o estágio já está bem avançado, e o que nos chamou atenção por lá é que todo torcedor que quiser adentrar ao estádio precisa passar pela biometria. Se você adquire o ingresso pela internet, você só recebe a entrada se tiver o cadastro biométrico regularizado – destacou o procurador de Justiça, na ocasião.

Sobre o sistema de reconhecimento facial no Rio de Janeiro, trata-se de um projeto ainda em andamento, com propostas sendo lançadas e discutidas preliminarmente. Mas já há clubes interessados em aderir ao sistema, como o Vasco da Gama, que já cogita instalar essa biometria facial em São Januário.

A participação no 19º Encontro sobre Consumo e Regulação, promovido pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), serviu para abrir mais horizontes que podem inspirar os responsáveis pela segurança nos estádios paraibanos.

– Como Minas Gerais tem acirramento entre os três clubes (América-MG, Atlético-MG e Cruzeiro), viemos expor essas experiências – resumiu Valberto.

A abertura do encontro foi realizada pelo procurador-geral de Justiça do MPMG, Antônio Sérgio Tonet. Depois, o procurador de Justiça do MP do Paraná, Ciro Expedito Scheraiber, falou sobre os direitos do consumidor no Estatuto do Torcedor. Logo após, o procurador Valberto Lira mediou um debate sobre cadastro biométrico, com a participação do juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça do Paraná, Ricardo Henrique Ferreira, e os promotores de Justiça Marcos Kac (MPRJ) e Fernando Abreu (MPMG).

 

Fonte: Globo Esporte Paraíba
Créditos: Globo Esporte Paraíba