vai ter jogo?

AMIGÃO INTERDITADO: Depois do roubo da renda a torcida quer saber, vai ter ou não o jogo do Campinense com Atletico ?

A 5ª Comissão Disciplinar do STJD acolheu uma denúncia do Botafogo do Rio, que alegou que o Campinense alterou dados relacionados ao público e a renda do jogo entre as duas equipes pela primeira fase da Copa do Brasil 2019

Vai ter jogo? Essa é a pergunta que não quer calar – nem ser respondida pelas partes interessadas – sobre a semifinal entre Campinense e Atlético de Cajazeiras, programada para o domingo, no Campeonato Paraibano. Desde que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) interditou o Amigão, local da partida, tanto FPF quanto Campinense têm sido econômicos nas declarações oficiais. Parece ser uma estratégia jurídica, já que ambos alegam não terem sido notificados oficialmente da decisão.

A 5ª Comissão Disciplinar do STJD acolheu uma denúncia do Botafogo do Rio, que alegou que o Campinense alterou dados relacionados ao público e a renda do jogo entre as duas equipes pela primeira fase da Copa do Brasil 2019. Com isso, o órgão acabou interditando o Estádio Amigão, que recebeu o confronto pela competição nacional no dia 13 de fevereiro.

A preço de hoje a logística está mantida. A gerência do Amigão trabalha normalmente para a realização da partida.

Como o expediente da FPF terminou às 18 horas desta sexta-feira e, de fato, a notificação não havia chegado, não há como o STJD informar oficialmente da interdição no sábado. Ninguém da Federação se pronuncia, nem atende ligações. Só o presidente do Campinense, Antonino Macedo, falou sobre o caso em entrevista para a TV Diário do Sertão, de Cajazeiras.
– A gente não foi citado. A gente soube da informação através da internet, mas nem a FPF foi oficialmente comunicada. O expediente acabou lá às 18 horas e não tem mais como citar no sábado. O jogo está mantido para o domingo no Amigão (Antonino Macedo, presidente do Campinense)

Nas redes sociais, a última postagem do Campinense sobre o jogo nas redes sociais aconteceu antes da decisão da interdição do Amigão, e falava apenas da venda de ingressos – algo rotineiro na semana de jogos. O que não é normal é o silêncio na véspera do jogo, já que o clube se utiliza bastante desse recurso para convocar o torcedor.

Federação só deve se pronunciar à tarde

Em meio a tanta polêmica, a Federação Paraibana de Futebol (FPF) trabalha nos bastidores para liberar o estádio e não ter que adiar a semifinal entre Campinense e Atlético-PB. Na visão dos dirigentes, o cancelamento da partida seria o primeiro revés administrativo da nova gestão.

Por isso, a presidente Michelle Ramalho está empenhada pessoalmente para resolver a questão. O STJD impôs uma multa de R$ 52 mil ao Campinense e de R$ 13 mil à Federação. Por se tratar de uma decisão em primeira instância, ainda cabe recurso.

Internamente, a FPF estabeleceu um prazo até as 15 horas deste sábado para dar uma posição oficial – se vai ou não ter jogo. Até porque, passando disso, a logística do Atlético de Cajazeiras poderia ser prejudicada, já que a viagem para Campina Grande está prevista para a tarde.

Polêmica vem da Copa do Brasil

No dia 13 de fevereiro, Campinense e Botafogo se enfrentaram em jogo válido pela primeira fase da Copa do Brasil, que acabou sendo vencido pelos cariocas pelo placar de 2 a 0. Só que o que chamou a atenção foi a reclamação feita pela diretoria botafoguense com relação aos números apresentados pelos paraibanos no boletim financeiro da partida. Segundo o borderô da partida, apenas 2.601 torcedores pagaram ingresso para acompanhar o duelo.

Como o Botafogo, clube melhor ranqueado, liquidou a fatura, o time carioca, segundo o regulamento da Copa do Brasil, teve o direito de embolsar 60% da renda líquida do confronto. Apenas 40% ficou com o Campinense, mandante do jogo. O Botafogo deixou a Paraíba com pouco mais de R$ 10 mil da renda e, posteriormente, apresentou reclamação que nesta sexta-feira foi atendida pelo STJD.

 

Fonte: Globo Esporte Paraíba
Créditos: Globo Esporte Paraíba