denúncia

'Mulher-Maravilha' nos anos 1970, Lynda Carter revela ter sofrido assédio sexual no set da série

Programa estrelado pela heroína feminista foi produzido entre 1975 e 1979

Atriz Lynda Carter em cena da série Mulher-Maravilha (Foto: divulgação)

Hollywood se mobiliza contra assédio e desigualdade com movimentos como Time’s Up e Me Too, e Lynda Carter, um ícone do poder feminino e primeira atriz a fazer sucesso como Mulher-Maravilha contou sua própria história de assédio em entrevista ao site Daily Beast. Questionada se teria um relato que se encaixaria na popular hashtag #MeToo, em que mulheres contam histórias de assédios sofridos, a atriz não titubeou em dizer que sim.

Lynda Carter em ação como Mulher-Maravilha (Foto: divulgação)

Lynda não quis revelar o nome do criminoso em questão, mas disse que ele já enfrenta problemas na justiça pelo mesmo crime e não descartou formalizar denúncia. Casos antigos de abusos estão vindo à tona à medida que acusações são feitas e vítimas antigas sentem-se confortáveis em relatar suas violências sofridas. Nos casos de Bill Cosby e do próprio presidente Donald Trump, diversas mulheres denunciaram situações de assédio, estupro e misoginia. “Por que elas mentiriam? Eu acredito nas mulheres”, Lynda afirma, categórica.

Lynda em cena de Mulher-Maravilha (Foto: Divulgação)

Questionada se seu agressor já recebeu alguma punição, a atriz foi enfática: “bem, sejá lá qual tenha sido ela [a punição], ainda não foi o bastante”, já que, de acordo com a atriz, mais mulheres foram vítimas da mesma pessoa, que além das sanções da Lei, também estaria sendo censurado por seus pares na indústria do entretenimento.

A atriz Lynda Carter no papel da Mulher-Maravilha (Foto: Getty Images)

A antecessora de Gal Gadot no papel da heroína criada nos anos anos 1940 revelou também que um cameraman fizera um buraco na parede de seu camarim dos estúdios Warner à época das gravações da série. O voyeur foi descoberto, demitido e seu nome comprometido no meio.

A medida que a atriz tomou não foi a de levar nomes à justiça, mas de alertar amigas e colegas de estúdio para ficarem longe de determinados indivíduos que oferecessem perigo. A motivação seria a mesma enfrentada por outras mulheres vítimas de crimes sexuais, que teriam medo da exposição, da ridicularização e da impunidade dos criminosos, que, livres, poderiam atuar para destruir suas carreiras e vidas. Mas felizmente o jogo parece ter começado a mudar.

Fonte: Revista Monet
Créditos: Revista Monet