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Ludmilla revela que fez cirurgias plásticas após comentários racistas

Aos 26 anos, Ludmilla não esconde que já passou por algumas cirurgias plásticas.

Aos 26 anos, Ludmilla não esconde que já passou por algumas cirurgias plásticas. Em conversa com Mano Brown, no podcast Mano a Mano, a cantora revelou a razão de ter se submetido aos procedimentos.

“Minha música estourou eu tinha 17 anos, a Fala Mal de Mim. Quando comecei a fazer cirurgia plástica, a primeira que eu fiz foi pra começar a ser aceita”, confessou a artista.

“No clipe não dá pra enxergar muito quem está cantando. Foi mais a voz, não a aparência. Muito contratante contrata, contrata, chegava no show e as pessoas viam quem era a MC Beyoncé [pseudônimo que ela usava no começo da carreira]. Falavam do meu nariz, da minha perna, do meu cabelo, e eu cantando e ouvindo aquilo”, completou.

Ludmilla, que já foi vítima de racismo na internet diversas vezes, desabafou: “A gente aprendeu na escola que preto era feio, que cabelo crespo era horrível, que nariz largo é horrível, que beição grande era feio. Antigamente a gente não falava sobre racismo assim, abertamente, em todo lugar com as pessoas, aí, então a gente ia vivendo e esse era o certo”.

“Com o tempo, eu fui aprendendo, pegando posse, reforçando e cuidando mais de mim porque sabia que tinha mais gente se guiando pelos meus passos. Eu vivo e respiro música. Ninguém sabe disso, nunca falei isso em nenhuma entrevista. Mas, o tempo todo eu estou escutando música, compondo, pesquisando, escutando a história de alguém para me inspirar. É o tempo inteiro. Eu sou muito musical, eu amo o que eu faço”, completou.

Vale lembrar que recentemente a funkeira mostrou sua revolta ao acusar o Prêmio Multishow de boicote. A artista, que ficou de fora da votação de Melhor Cantora, disparou:

“Só esse ano lancei o numanice ao vivo, projeto que impactou a cultura brasileira e revolucionou o mercado do pagode de um jeito jamais visto, por ser uma mulher a frente do projeto, projeto que garantiu o vídeo musical solo mais visto de 2021 por uma cantora pop brasileira…”.

“Desde quando ganhei a primeira vez e impactei todo o sistema por ser a primeira cantora negra a ser indicada e a vencer essa categoria em 26 anos de prêmio uma representante das minorias, uma cantora negra, bissexual, funkeira, periférica, nunca mais fui indicada na categoria Cantora do Ano“, desabafou.

Fonte: RD1
Créditos: RD1