CINEMA

FEST ARUANDA 2020: documentário ‘Glauber, Claro’ é o grande vencedor do festival com cinco prêmios

 

O documentário de César Meneghetti,  “Glauber, Claro” foi o grande vencedor do 15º Festival do Audiovisual Brasileiro (Fest Aruanda 2020), recebendo cinco prêmios, incluindo o de melhor filme, na cerimônia que aconteceu no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, na noite dessa quarta-feira, 16.

“Glauber, Claro”, é um documentário ancorado no filme “Claro”, filmado por Glauber Rocha em Roma em 1975. O documentário reúne parte da equipe original para rever e dar depoimentos sobre a produção, a estética, o cinema italiano e mundial nos anos 1970 e o momento cultural e político da época.

Além de melhor filme do Fest Aruanda 2020, o filme também levou os prêmios de melhor roteiro (César Meneghetti), melhor personagem masculino (Glauber Rocha), melhor fotografia (Eugenio Barcelloni) e melhor edição (Willem Dias).

A noite da premiação também contou com homenagens. João Carlos Beltrão foi o primeiro homenageado, pela contribuição como diretor de fotografia do audiovisual paraibano. Ele já recebeu um troféu do Fest Aruanda pelo trabalho de direção de fotografia no filme “Enraizados”, e agradeceu a homenagem. “Quero agradecer a todos que confiaram em mim para entregar a câmera e luz para contar sua história”, disse.

Helena Solberg foi homenageada pelo conjunto da obra como cineasta, produtora e roteirista e outra homenageada da noite, também pelo conjunto da obra e pioneirismo no cinema paraibano foi Vânia Perazzo. Ela falou sobre a participação feminina no cinema. “Desejo que mais mulheres encarem essa profissão que durante muito tempo foi exclusiva dos homens. Lutemos pelo nosso cinema, pois um país sem cinema é como uma casa sem espelho”, disse.

Entre os longas premiados da noite está o documentário “Em Palcos Televisivos”, que mostra a relação das jornalistas Edilane Araújo e Sílvia Torres, ambas da TV Cabo Branco, e de Danielle Huebra, com o teatro. O filme foi dirigido por Fabiano Tiniz e ganhou na categoria Mostra TV Universitária.

Veja a lista de vencedores do Fest Aruanda 2020

Mostra Competitiva Nacional de Curtas e Longas-Metragens

Longas

·         Melhor Filme: “Glauber, Claro” de César Meneghetti

·         Melhor Direção: José Barahona por “Nheengatu”

·         Melhor Roteiro: César Meneghetti por “Glauber, Claro”

·         Melhor Personagem Feminino: Kátia Silvério por “Chico Rei Entre Nós”, de Joyce Prado

·         Melhor Personagem Masculino: Glauber Rocha por “Glauber, Claro”

·         Melhor Fotografia: Eugenio Barcelloni por “Glauber, Claro”

·         Melhor Desenho de Som: José Barahona e Damião Lopes, por “Nheengatu”

·         Melhor Edição: Willem Dias por “Glauber, Claro”

·         Melhor Trilha Sonora: Sérgio Pererê por “Chico Rei Entre Nós”

·         Melhor direção de arte: O júri não atribuiu prêmio de direção de arte

·         Melhor longa segundo o júri popular – Codinome Clemente, de Isa Albuquerque

Curtas

·         Melhor Curta: “A Profundidade da Areia, de Hugo Reis e “A Pontualidade dos Tubarões”, de Raysa Prado

·         Melhor Direção: Bruna Barros e Bruna Castro pelo filme “À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente”

·         Melhor Roteiro: Hugo Reis “A Profundidade da Areia”

·         Melhor Desenho de Som: Hugo Reis, por “A Profundidade da Areia”

·         Melhor Atriz: Zezita Matos por “Remoinho”

·         Melhor Ator: André Morais por “Pranto”

·         Melhor Fotografia: Igor Pontini por “A Profundidade da Areia”

·         Melhor Edição: Bruna Barros e Bruna Castro por “À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente”

·         Melhor Trilha Sonora: João Simas, Thierry Castelo, Jales Carvalho, Viviane Vazzi, Pedro e André Lucap por “Rasga Mortalha”

·         Melhor Direção de Arte: Raul Luna por “Rasga Mortalha”

·         Melhor Figurino: O Júri não atribuiu prêmio de Figurino

·         Melhor Curta segundo o júri popular: Recôncavo, de Pedro Henrique Chaves

Menções Honrosas

·         Elenco de “A Profundidade da Areia”

·         Filme “Mãtãnãg – A Encantada”, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho

Mostra Sob o Céu Nordestino

Longas

·         Melhor Filme – King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante

·         Melhor direção – Camilo Cavalcante, por King Kong en Asunción

·         Roteiro – Camilo Cavalcante, por King Kong en Asunción

·         Atriz – Rejane Arruda, por As Órbitas da Água

·         Ator – Antonio Saboia, por As Órbitas da Água

·         Fotografia – Camilo Soares, por King Kong en Asunción

·         Edição – Petrus Cariry e Firmino Holanda, por A Jangada de Welles

·         Desenho de Som – João Martins e Juliana Gurgel, por Swingueira

·         Trilha sonora – Shaman Herrera, por King Kong en Asunción

·         Direção de Arte – Helder Nóbrega, por Aponta pra Fé – Ou Todas as Músicas da Minha Vida

·         Figurino – Luján Riquelme, Lia González e Paulo Ricardo, por King Kong en Asunción

·         Melhor longa Sob o Céu Nordestino segundo o júri popular: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante

Curtas

·         Melhor curta – Remoinho, de Tiago A. Neves

·         Melhor direção – Tiago A. Neves , por Remoinho

·         Roteiro – Eduardo Varandas Araruna, por Cura-me

·         Atriz – Ingrid Trigueiro, por Cura-me

·         Ator – André Morais, por Pranto

·         Fotografia – Tiago A. Neves, por Reinado Imaginário

·         Melhor edição – João Paulo Palitot, por Makinaria

·         Desenho de Som – Edson Lemos, por Pranto

·         Melhor trilha sonora – Paulo Ramon, por A Pontualidade dos Tubarões

·         Melhor direção de arte – Ju Escorel, por Pranto

·         Figurino – JR Nessim, por E Agora Você?

·         Melhor curta Sob o Céu Nordestino segundo o Júri Popular – Makinaria, de Igor Tadeu

Prêmio Júri Abraccine

O Júri da Abraccine, formado por Marcelo Milici, Suzana Uchôa Itiberê e Bertrand Lira, concede o prêmio ao curta-metragem A Profundidade da Areia, de Hugo Reis, do Espírito Santo, pela abordagem fantástica de um tema urgente, com significativo trabalho de som e ousadia narrativa.

O vencedor do prêmio de melhor longa-metragem é Codinome Clemente, de Isa Albuquerque, do Rio de Janeiro, pelo resgate de um personagem ímpar que abraçou a luta armada em um dos momentos mais tenebrosos da história recente do Brasil.

·         Melhor Longa: Codinome Clemente, de Isa Albuquerque

·         Melhor Curta: A Profundidade da Areia, de Hugo Reis

Prêmio Laboratório Aruanda/Energisa de Projetos – Susanna Lira

·         Primeiro Lugar – Anna Diniz – projeto: Feminicídio na Paraíba

·         Segundo Lugar – Maycon de Carvalho Sousa – projeto: Fosséis

·         Terceiro Lugar – Bruna Dias e Carine Fiúza – projeto: Um Oceano Inteiro

Mostra TV Universitária – júri formado pela produtora Lucia Caus, jornalista Ana Lúcia Medeiros e professor da UFPB Alberto Ricardo Pessoa

·         Documentário – Em Palcos Televisivos, de Fabiano Diniz – TV UFPB

·         Reportagem – O júri considerou que os trabalhos não atingiram a pontuação necessária para a premiação.

·         Programa de TV – Entremeios, de Danielle Huebra – TV UFPB

·         Interprograma – Conheça a história do eclipse que colocou o Brasil no centro da ciência mundial, de Ruth Andrade – TVU Rio Grande do Norte.

Prêmios paraibanos

·         Video clipe – Terezinha, Banda Permeia/Lyric Vídeo – Ingsson Vasconcelos e Poet, Banda Sky Boon/Lyric Vídeo – Yuri da Costa

·         Tcc – Urbano Sertão, João Victor Torres

Fonte: G1 Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba