"Façam bagunça, mas sem destruir", diz Francisco aos jovens paraguaios

O papa Francisco falou com o enérgico tom de um diretor de escola a milhares de jovens que se reuniram às margens do rio Paraguai neste domingo para ouvi-lo. "Façam bagunça, mas a organizem direito", afirmou. Depois de ouvir dois testemunhos comoventes de jovens que tiveram de amadurecer de maneira precoce ante situações adversas, Francisco os abraçou de maneira carinhosa e trocou algumas palavras com eles, antes de se dirigir a cerca de 500 mil pessoas reunidas na esplanada. Saiba mais

Papa deixou de lado seu discurso oficial e mais uma vez improvisou

Pope Francis delivers a speech during a meeting with young people at the "Costanera" in Asuncion on July 12, 2015. Pope Francis visited a Paraguay slum on Sunday, the final day of his South America tour, in a show of support for one of the nation's poorest communities where residents are struggling for land rights.    AFP PHOTO / JUAN MABROMATA

O papa Francisco falou com o enérgico tom de um diretor de escola a milhares de jovens que se reuniram às margens do rio Paraguai neste domingo para ouvi-lo. “Façam bagunça, mas a organizem direito”, afirmou.

Depois de ouvir dois testemunhos comoventes de jovens que tiveram de amadurecer de maneira precoce ante situações adversas, Francisco os abraçou de maneira carinhosa e trocou algumas palavras com eles, antes de se dirigir a cerca de 500 mil pessoas reunidas na esplanada.
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“Façam bagunça, sim, mas também ajudem a arrumar a bagunça que fazem. Façam bagunça e depois a organizem, não destruam nada”, enfatizou, em um sermão de dez minutos.

“Francisco, não se vá”, cantou a multidão.

O papa deixou de lado seu discurso oficial e mais uma vez improvisou, ao relatar que um bisco comentou com ele numa mistura de brincadeira e seriedade: “Você continua aconselhando os jovens a fazer bagunça, mas depois as bagunças feitas pelos jovens somos nós que temos que resolver”.

“Necessitamos de jovens com esperança e fortes de espírito, não de jovens fracotes, que nem que sim, nem que não (indecisos). Não queremos jovens que se cansem rápido, e que estejam com a cara de enfado”, afirmou.

“Façam uma bagunça que nos dê um coração livre, solidariedade, esperança, uma bagunça que nasça de ter conhecido Jesus e de saber que Deus é minha fortaleza. Essa é a bagunça que precisam fazer”, concluiu.