Advogados do Alto Sertão querem fim das perseguições da OAB-PB

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Advogados veem nas eleições para a OAB-PB que ocorrerão no próximo dia 17, uma oportunidade ímpar de pôr fim de uma vez por todas às perseguições sofridas desde o último pleito. Naquela ocasião, a diretoria da Subseção de Sousa concorreu contra o candidato do  atual presidente da OAB e candidato ao Conselho Federal na chapa de Carlos Frederico, Odon Bezerra e saiu-se vencedora.
Desde então, a antiga funcionária Adélia, atual concorrente ao cargo de vice-presidente da Subseção foi demitida e o duodécimo da Subseção chegou a ser reduzido, prejudicando o funcionamento da Unidade. A medida foi, inclusive, alvo de Nota de Repúdio que considerou possuir a atitude de Odon um viés eminentemente “politiqueiro” e perseguidor.

Através da Nota, os advogados de Sousa tacharam os atos de Odon como mesquinhos e que visaram, tão somente, satisfazer vaidades e interesses individuais, e que entraram em choque com a grandeza da Ordem dos Advogados do Brasil que, ao longo de sua história, tem pautado sua trajetória na defesa intransigente do bem comum.

“A atitude praticada pela Seccional da Paraíba não atinge somente a Diretoria da Subseção de Sousa, mas, sobretudo, os advogados integrantes desta, haja vista que a verba reduzida era utilizada em favor da advocacia da referenciada Subseção, como por exemplo, a construção do parlatório da Colônia Penal Agrícola”, destacaram. O abuso foi tão grande contra a Subseção que a Câmara de Vereadores de Sousa agraciou Odon com o título de persona non grata.

Assinaram a Nota de Repúdio o próprio Lincoln, atual presidente da Subseção e os advogados Adélia, Formiga, Dinarte e Alessandra, dentre vários outros.

Caos na administração em Patos

O presidente da Subseção da cidade de Patos, advogado Alexandre Nunes, afirmou que Odon também realizou o corte do duodécimo de Patos, apenas porque na eleição passada “estivemos em lados opostos”. Por vingança, provocou um caos na administração, que sobreviveu pela colaboração dos advogados de Patos. Alexandre alegou que essa atitude arcaica e vingativa fere a dignidade dos advogados e da advocacia. “Como se já não bastassem essas perseguições, a categoria simplesmente foi abandonada pela Seccional, ficando desfalcada de qualquer representatividade da OAB/PB”, afirmou.

Ele acrescentou que simplesmente  Odon deu as costas à Subseção, se posicionando igualmente omissa em relação a Teixeira que também votou contra ele na última eleição. Tanto que, diante da total ausência da OAB-PB, os advogados realizaram, sozinhos, ato público em protesto contra a precariedade jamais vista em toda a história da Comarca de Teixeira, com processos paralisados há anos, outros à espera de contador judicial há mais de dois anos, esperando a realização de cálculos, sem falar na falta de servidores e falta de juiz titular, dentre outros problemas.