O PIB do 3º trimestre de 2018 pode surpreender, positivamente, é claro! - Por Werton Oliveira

A expectativa de crescimento da economia brasileira pode não ser das melhores para 2018, mas o resultado pode surpreender. Boa parte dos analistas de mercado e órgãos oficiais estima um Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 1,4% para este ano, porém, muitos dados setoriais que estão sendo divulgados pelos institutos de pesquisas nos últimos meses apontam para uma melhora neste quadro, principalmente os verificados em agosto.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 11 de outubro, a Pesquisa Mensal do Comércio para o referido mês, mostrando um crescimento de 1,3% no indicador. Se comparar esse resultado com o mesmo período em 2017, é possível enxergar um avanço de mais de 4%, revelando uma melhora na atividade econômica neste ano.

Outro índice divulgado pelo mesmo órgão de pesquisa, que alcançou um ótimo resultado em agosto, foi a Pesquisa Mensal de Serviços, com crescimento de 1,2% frente a julho. Esse dado mostra um aquecimento setorial importante, já que o setor de serviço representa o maior peso no cálculo do PIB do país, com mais de 70% de representatividade, podendo impactar positivamente o produto nacional.

Se olharmos também para os resultados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é considerado a “prévia do PIB”, é que temos mais certeza de que o resultado trimestral do PIB pode melhorar. Como pode ser visto no gráfico abaixo, de janeiro de 2017 até o momento, o número índice do IBC-Br apresenta uma trajetória nítida de alta, crescendo quase 0,5% só em agosto, bem acima das expectativas do mercado, mostrando uma retomada no crescimento.

Diante desses três bons resultados para o mês de agosto, é possível que o PIB do 3º trimestre reflita esse cenário positivo e alcance um valor acima do esperado. Se não tivermos nenhuma mudança repentina nos indicadores de setembro, podemos esperar por dias melhores no desempenho da economia brasileira.

Fonte: Portal Ekonomy
Créditos: Portal Ekonomy