O ex-governador Ricardo Coutinho, presidente da Fundação João Mangabeira, chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de ‘energúmeno’ e culpou a ‘direita’ pelo compartilhamento desenfreado de notícias falsas e propagação de ódio nas redes sociais. Em discurso no segundo dia do encontro nacional realizado pelo PSB, no Rio de Janeiro, ele defendeu a ampliação do socialismo e criticou políticas econômicas denominadas por ele de ‘neoliberais’.
Segundo Ricardo Coutinho, o movimento que elegeu Jair Bolsonaro ‘está destruindo a democracia’. “Hoje, bater numa mulher, assassinar uma mulher está parecendo uma coisa normal nas redes. Hoje, cometer crime de racismo é apoiado nas redes sociais. E nós estamos olhando, e quem criticar está sendo detonado. É algo que se precisa estancar, é preciso derrotar, porque tudo isso está vindo na esteira de um movimento que no Brasil encontrou um terreno fértil, de eleger um energúmeno, como o presidente do Brasil, para nos governar”, disse no discurso.
Coutinho opinou que a atual filosofia do Governo Federal é se contrapor à lógica da política. Segundo ele, é preciso combater ideias que criminalizam a política. “Em épocas de Bolsonaro, fazer política é para quem tem coragem, pra quem tem determinação. Temos que procurar ver um Brasil pós-Bolsonaro, derrotando esse ultraliberalismo, derrotando a violência e derrotando a anti-política. (…) Essa anti-política ela se expressa em todos os momentos do atual governo”, avaliou.
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Respostas
O ex-governador da Paraíba propôs aos militantes presentes no evento do PSB, que eles se empenhem em espalhar as ideias socialistas, a fim de fortalecer a esquerda nas eleições do próximo ano. “É importante que nós brasileiros, nós do PSB possamos ter a capacidade de ter que responder a isso. Não vai se responder a isso simplesmente comparando o atual momento ao passado. É impossível ser pior do que Bolsonaro, mas a população quer mais que uma comparação de trás, a população quer saber para onde a gente pode ir”, declarou.
Outra tese levantada por Ricardo Coutinho, foi a ideia de um novo movimento socialista, que tenha um olhar para o contexto geopolítico no mundo. “O socialismo é universal. A grande tarefa dos socialistas, nessa nova etapa de descobrimento, de redescoberta, é efetivamente criar uma nova Internacional , uma Internacional democrática-socialista, uma Internacional que olhe para o mundo, porque não vamos ter socialismo apenas em um país. É impossível isso, e ao mesmo tempo que se recupere a generosidade do socialismo, que está tão abalada por experiências concretas, porém num momento de refluxo geral”, ponderou.
2020
O ex-prefeito de João Pessoa, cotado para a disputa do próximo ano, ainda avaliou que é necessário eleger o maior número de candidatos socialistas para deter o movimento ligado ao presidente Jair Bolsonaro.
“Temos que vencer, eleger o maior número de vereadores e eleger muitos prefeitos. Só que isso não é uma tarefa fácil. Essa tarefa vai ser mais difícil mais do que qualquer em outro ano, porque aquela direita violenta, mentirosa, que cria as coisas e inventa a mentira, ela está intacta. Os canhões da mentira eles estão intactos, eles não foram aposentados, estão aí. (…) Nós estamos ainda, me permitam, muito despreparados. É preciso que a gente faça um esforço imediato”, admitiu.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
