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Queiroga diz que Copa América não vai exigir vacinação de jogadores

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que os jogadores que vão disputar a Copa América não serão obrigados tomar vacina contra a covid-19 para a disputa da competição.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que os jogadores que vão disputar a Copa América não serão obrigados tomar vacina contra a covid-19 para a disputa da competição. Segundo Queiroga, outras competições já acontecem no Brasil sem a necessidade do imunizante e que os protocolos sanitários determinados possibilitam a realização do torneio.

Segundo o ministro, todos os atletas serão testados diariamente e estarão em um ambiente sanitário controlado para evitar contaminações pelo coronavírus.

“A exigência de vacinas, como ocorre nas Olimpíadas, embora não sejam eventos comparáveis, a Olimpíada exigiu vacinação. Se exigir a vacinação nesse momento, eles não teriam imunidade até o início da competição. Essas competições têm acontecido sem a exigência. Não é uma imposição a questão da vacina. Os que estiverem vacinados, melhor. Até porque a vacina poderia causar algum tipo de reação e poderia comprometer o ritmo competitivo do atleta. As medidas de controle, com teste RT-PCR”, afirmou em entrevista coletiva.

O ministro argumentou que a vacinação neste momento poderia comprometer o andamento da competição. “Não é uma imposição a questão da vacina. Os que estiverem vacinados, melhor. Mas não vai haver um esforço para vacinar agora. Até porque a vacina pode causar uma reação, e isso poderia comprometer o ritmo competitivo dos jogadores. As medidas sanitárias de controle, como a realização dos testes – e não será teste rápido, será o RT-PCR”, disse.

Segundo o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, seis seleções já estão imunizadas e outras duas completam a vacinação nesta semana.

Com relação às eventuais aglomerações de torcedores que o torneio pode causar em restaurantes ou festas, o ministro reforçou que a atribuição da fiscalização é de estados e municípios.

“A fiscalização é feita por estados e municípios, o Ministério da Saúde não tem condições de fiscalizar 5.570 municípios do Brasil. A palavra do Ministério da Saúde continua reiterada, de observância às medidas não-farmacológicas. Restaurantes, bares, existem regras para o funcionamento. Eu não vejo que essa competição vai mudar esse contexto. As pessoas podem ir para o restaurante torcer? Podem. Mas elas têm que ir de acordo com a regra sanitária. Pode torcer na sua casa? Pode, mas se vai fazer festa na sua casa, a consciência é de cada um, e não é a Copa América que vai fazer aumentar ou diminuir, nós sabemos”, disse.

“É algo que tem que ser feito [contato com governos para evitar aglomerações]. Não só no futebol. Você bem disse, as aglomerações existem independentemente do futebol, festas clandestinas. É uma questão de responsabilidade de cada um, e as autoridades sanitárias tem que fiscalizar as ações de forma rotineira, para que a gente evite a propagação do vírus. Naturalmente que vamos orientar as autoridades sanitárias a reforçarem as fiscalizações”, finalizou.

Entre as medidas anunciadas durante a entrevista coletiva estão:

– Distanciamento social;

– Voos fretados;

– Uso de ônibus individuais;

– Restrição a saída dos hotéis onde as seleções estarão em concentração;

– Controle dos funcionários que terão contato com as delegações;

– Quartos isolados e andares separados nas acomodações;

– Exame RT-PCR a cada 48h;

– Teste rápido antígeno entre os testes RT-PCR;

– Questionário diário em todas as delegações

Fonte: Uol
Créditos: Uol