Barrada pela Anvisa

“Posso servir de cobaia”, embaixador russo no Brasil defende segurança da Sputnik V

Uso da Sputnik V no país foi proibido pela Anvisae só será liberado após fornecimento de documentos exigidos pelo órgão

Alexey Labetskiy, embaixador da Rússia no Brasil, saiu em defesa da Sputnik V, imunizante contra a Covid-19 desenvolvida no país, com aprovação ainda pendente no Brasil. O uso da Sputnik V no país foi proibido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e só pode ser liberado depois do fornecimento de documentos exigidos pelo órgão.

Há cerca de dois meses no cargo, o embaixador russo declarou que, se for preciso, tomará a Sputnik de novo para provar que o imunizante é eficaz: “Eu e minha família nos vacinamos em Moscou, em janeiro e fevereiro. Se há dúvidas, posso servir de cobaia. Se precisar, me vacino de novo, porque a vacina é efetiva, protege e é importante para parar a pandemia”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, nesta sexta-feira (21).

Caso a Anvisa autorize a Sputnik V, Labetskiy disse que não sabe quantas doses seriam fornecidas, mas que ouviu dizer “que seriam 30 milhões, com base em conversas entre os estados nordestinos e o Fundo de Investimento russo”. Na segunda-feira (17), Labetskiy participou da audiência da Comissão da Covid no Senado e afirmou que a Sputnik V “garante a proteção de mais de 91%”. O diplomata também disse que a Rússia está disposta “a negociar a concessão dos direitos para os produtores locais”.

Questionado sobre as medidas que o país pretende tomar para facilitar a aprovação da vacina pela Anvisa, Labetskiy afirmou que o processo corre dentro “das regras adotadas e que existem no Brasil”. Também disse que “tudo depende da parte brasileira”.

Fonte: Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba