Acusados de envolvimento na morte de Genivaldo Santos, 38 anos, durante uma chocante abordagem em maio, foram preventivamente presos nesta sexta-feira, 14, pela Polícia Federal. William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento passaram por exame de corpo de delito e audiência de custódia e, na sequência, foram transferidos para o Presídio Militar de Aracaju, em Sergipe.
Denunciados pela Procuradoria da República, o trio é investigado pela criticada abordagem a Genivaldo, que teve a morte por asfixia confirmada após ficar preso no porta-malas de uma viatura transformada em “câmara de gás”. A punição para o assassinato, que pode ser pode ser caracterizado como tortura, agravado por envolver agente público, é cobrado pelos familiares e amigos da vítima, assim como pela Anistia Internacional Brasil.
A ordem de prisão foi assinada pelo juiz Rafael Soares Souza, da 7ª Vara Federal de Sergipe, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF). Ele também recebeu a denúncia por abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado oferecida pelo órgão no início do mês.
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“A custódia cautelar tem o objetivo de garantir a ordem pública e instrução do processo”, informou a Justiça Federal.
OCORRÊNCIA
O crime aconteceu em maio deste ano em um trecho da BR-101 na altura de Umbaúba, município de 25 mil habitantes no interior de Sergipe. Os policiais rodoviários pararam Genivaldo porque ele vinha de moto sem capacete. Ele foi trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e asfixiado com gás de pimenta.
A abordagem foi filmada por pessoas que tentaram intervir em favor do motociclista. Após o crime, a família informou que ele sofria de transtornos mentais e já havia sido diagnosticado com esquizofrenia.
A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe concluiu, no mês passado, as perícias sobre o crime. Os laudos cadavérico e toxicológico confirmaram que Genivaldo morreu por asfixia.
Fonte: O DIA
Créditos: Polêmica Paraíba
