parece de ex presidente

'PELA UNIÃO DOS PARTIDOS': Para FHC, autoritarismo não pode voltar

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou na terça-feira, 5, em mensagem lida durante o lançamento de um manifesto pela união dos partidos de centro, que as eleições deste ano representam a chance de recuperar a “legitimidade democrática” no país. O manifesto foi lançado na Câmara em um evento esvaziado, sem a presença de pré-candidatos à Presidência.

“As eleições de outubro serão um divisor de águas na história do país. As lideranças políticas precisam se concentrar na recuperação da legitimidade democrática da autoridade política ou a desorganização política, econômica e social do Brasil”, disse FHC na mensagem, sem mencionar o nome do presidente Michel Temer, que chegou ao poder em 2016 após o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT).

O ex-presidente afirmou que o Brasil precisa recuperar a confiança no futuro “voltando ao passado do autoritarismo ou ao passado mais recente do lulopetismo”. “O manifesto é um chamado à consciência sobre a gravidade do momento atual e sobre as consequências profundas e duradouras que terão nossas ações e inações”, disse o tucano, que não compareceu ao evento.

O manifesto tem nomes de 30 intelectuais e políticos do PSDB, MDB, PSD, PPS, PV e PTB, mas o lançamento foi prestigiado só por lideranças dos quatro primeiros partidos. Dos 19 políticos presentes, a maioria (13) do PSDB, legenda da qual o ex-governador paulista Geraldo Alckmin como presidenciável.

O documento divulgado traz como apoiadores políticos do DEM, mas integrantes da sigla negam terem assinado o manifesto. “Participamos das reuniões de discussão, mas não assinamos em respeito à candidatura do Rodrigo (Maia)”, disse o deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
Além do nome dele, o documento trazia como apoiadores os deputados do DEM José Carlos Aleluia (BA) e Heráclito Fortes (PI), na casa de quem foram feitas algumas das discussões sobre o manifesto. O deputado Marcus Pestana (MG), secretário-geral do PSDB e principal articulador do manifesto, porém, garante a assinatura dos parlamentares do DEM.

“Não queremos substituir a iniciativa e o protagonismo dos pré-candidatos, que são os maiores atores. Queremos nos restringir ao papel de fermento”, afirmou Pestana. “Não estamos criando arqui-inimigos, estamos definindo posições. Se vai ter a unidade de apenas um candidato, isso só o processo vai dizer”, disse o presidente do PPS, Roberto Freire.

No manifesto, os políticos apresentaram 17 propostas para o país. Entre as medidas, estão a Reformas da Previdência, com adoção de um sistema único para servidores e trabalhadores da iniciativa privada, e tributária, sem aumento de impostos. Também pregam a manutenção do Bolsa Família, mas “recuperando seu caráter educacional”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão
Créditos: Estadão