Polêmica no Rio

Pedido de Crivella para recolher livro que mostra beijo gay é repudiado e ganha capa da Folha de São Paulo

O jornal Folha de São Paulo deu destaque à obra, que ocupou parte da capa do impresso. "Crivella tenta censurar HQ com beijo gay, mas é barrado", dizia a manchete. 

Causou forte reação a decisão do prefeito Marcelo Crivella, do Rio de Janeiro, que na noite de quinta-feira (5) determinou o recolhimento de um romance gráfico para crianças, por conter o que ele acredita um conteúdo impróprio, que é um beijo gay. Segundo o portal de notícias G1, da TV Globo, integrantes da Bienal apoiaram maciçamente a divulgação do material.

Na noite de quinta, a Justiça determinou que as obras não poderão ser recolhidas em função de conteúdo LGBT na Bienal, mas na tarde deste sábado (07) uma nova decisão favorável à Prefeitura foi publicada, autorizando o recolhimento do material.

O G1 esteve no evento para repercutir a medida e todas as pessoas ouvidas manifestaram repúdio à possibilidade do recolhimento do livro.

“Estamos em uma feira literária – aqui, as pessoas compram os livros que quiserem. Algum tema tratado por uma determinada obra incomoda ou desagrada? É simples: basta não comprá-la. Agora, de forma alguma posso achar normal que um governante determine recolhimento de livros. Já vimos isso em outros períodos da história e sabemos que o resultado não foi bom. Fiquei estarrecida com essa medida”, descreveu Andreia Fernandes.

O jornal Folha de São Paulo deu destaque à obra, que ocupou parte da capa do impresso. “Crivella tenta censurar HQ com beijo gay, mas é barrado”, dizia a manchete.

Nas redes sociais, centenas de pessoas fizeram publicações em apoio à divulgação do material, chegando a comprar os quadrinhos. Internautas também protestaram contra o prefeito Crivella utilizando um saco preto, conforme o prefeito havia sugerido em vídeo.

O Youtuber Felipe Neto também prestou solidariedade à bienal e anunciou a compra de 14 mil exemplares do livro.

Fonte: Polêmica Paraíba com informações do G1 e Folha
Créditos: Polêmica Paraíba com informações do G1 e Folha