criatividade e reinvenção

NOVO NORMAL: microempresária do ramo de beleza revela impactos após a pandemia do novo Coronavírus

Nove a cada dez micro e pequenas empresas que prestam serviço para beleza, como salões, barbearias, ateliês e estúdios de maquiagem, afirmam ter perdido faturamento por causa das medidas de isolamento social. A perda média do faturamento foi de 57%.

Nove a cada dez micro e pequenas empresas que prestam serviço para beleza, como salões, barbearias, ateliês e estúdios de maquiagem, afirmam ter perdido faturamento por causa das medidas de isolamento social. A perda média do faturamento foi de 57%.

Conforme pesquisa feita pelo Sebrae entre 30 de abril e 5 de maio de 2020, 62% das micro e pequenas empresas do segmento de beleza descrevem que interromperam o funcionamento temporariamente e 5% encerraram em definitivo. Apesar do impacto na ampla maioria dos estabelecimentos, apenas 4% assinala ter feito demissões, isso porque o recrutamento da mão de obra no segmento não implica em vínculo empregatício.

No entanto, diversos empresários do ramo de beleza, assim como funcionários se viram obrigados a  recorrer ao auxílio emergencial do Governo Federal.

A inatividade estabelecida devido as medidas de segurança  adotadas pelo momento de pandemia trouxe dificuldades de caixa para microempreendedores como Maria Auxiliadora da Silva, dona de um estúdio de beleza, localizado no interior da Paraíba.

Para a microempresária o impacto maior foi nos primeiros dois meses, que precisou ficar totalmente sem receber clientes em seu estabelecimento, mas as contas não deixaram de chegar. De acordo com a ela, se não fosse o auxílio emergencial, teria sido muito mais difícil lidar com essa pandemia.

Após os dois primeiros meses, ela viu a necessidade se reinventar através de promoções e segundo a Auxiliadora, ainda assim sentiu muita dificuldade em trazer seus cientes de volta. “Foram pouco. Mais ou menos 20% dos clientes voltaram a frequentar o estúdio. Então precisei usar outros meios de atrair meus clientes de volta.” disse.

“Além das mensagens enviadas via whatsApp, passei a ligar para meus cliente, um por um, e comecei a oferecer meus serviços a domicílio. Consegui entender que eles se sentiam mais seguros dentro de suas próprias casas.”, completou Auxiliadora.

A microempresária afirma que através dos cuidados que teve, no uso de máscaras, luvas, limpeza dos instrumentos de trabalho e o uso do álcool em gel, foram essenciais para atrair seus clientes de volta.

As atividades estão retornando aos poucos, mas de acordo com a Auxiliadora foi a partir do dia 20 julho, as clientes começaram a agendar novos atendimentos no estabelecimento comercial. “Minhas clientes sentiram a necessidade de retornar ao estúdio, pois há procedimentos que é mais viável serem feitos num ambiente adequado, como pintura, selagem. Então passei a agendar uma cliente de cada vez, para evitar aglomerações. Comecei a atender até cinco pessoas por dia.”disse.

Auxiliadora ainda continua fazendo atendimento a domicílio, mas na casa de pessoas que tem uma certa dificuldade no deslocamento, como pessoas idosas, mas se sente impactada com essa nova rotina. “Ainda continuo atendendo a domicílio, principalmente pessoas mais velhas, ou algumas que tem problemas de saúde. Agora estou me adaptando ao novo normal”, concluiu.

Pesquisa revela impacto da pandemia para profissionais de beleza

Uma empresa que atua no desenvolvimento do varejo, indústria e salões de beleza do Brasil, a Beauty Fair, realizou uma pesquisa online com sua base de visitantes cabeleireiros da região metropolitana de São Paulo para identificar quais foram as consequências do fechamento dos salões em suas carreiras.

Foram analisados itens como: o perfil dos profissionais, a forma de trabalho antes, durante e após a quarentena, os impactos da pandemia no atendimento e na renda dos trabalhadores, a interação com marcas profissionais no ambiente digital, como estão os parâmetros atuais de serviços e aquisição de produtos e a situação do novo normal nos salões com as medidas de segurança obrigatórias.

 

 

 

Fonte: Adriany Santos
Créditos: Adriany Santos