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ENTREVISTA: 'Todos têm limites, inclusive o presidente da República', diz Carlos Lupi sobre decisão que impede Ramagem na PF

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse nesta quarta-feira (29), que a decisão do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impediu a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, demontra que há 'limites' para todos os poderes.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse nesta quarta-feira (29), que a decisão do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impediu a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, demontra que há ‘limites’ para todos os poderes. Em entrevista ao Polêmica Paraíba, ele também avaliou o movimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que recuou da nomeação.

A decisão que barrou a nomeação de Ramagem foi baseada em um mandado de segurança impetrado pelo PDT. Para Carlos Lupi, a decisão do STF foi correta porque observa preceitos da Constituição.  “O ministro Alexandre concedeu a liminar, e agora, o presidente reparando que tinha abusado de sua autoridade, fez o ato cancelando a sua atuação. Menos mal, mas é importante que os Poderes constituídos da República saibam seus limites. Todos têm os seus limites, inclusive o presidente da República”, disse.

“A nossa decisão de impetrar esse mandado de segurança, que foi concedido pelo ministro, é justamente pelo preceito constitucional que foi descrito pelo ministro Alexandre, a impessoabilidade, a imparcialidade. Chefe de Polícia Federal não é uma assessoria qualquer, não é uma assessoria que acompanha você, não é um assessor que acompanha você para um setor específico, é chefe da Polícia Federal”, avaliou Lupi.

Apesar de ter recuado em sua decisão de nomear Ramagem para a PF, em discurso na tarde desta quarta-feira, durante a nomeação do ministro André Mendonça no Ministério da Justiça e Segurança Pública, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que voltará a insistir na nomeação. Ele elogiou a carreira do atual chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), citou a Constituição e defendeu a autonomia entre os Poderes para justificar seu posicionamento.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba